SUPERAÇÃO

O que é solidão materna? Especialista dá dicas de como mulheres podem superar condição

Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Letícia de Oliveira explicou termo "solidão materna" e detalhou como mulheres podem superar período

Surenã Dias e Letícia de Oliveira

por Surenã Dias e Letícia de Oliveira

Publicado em 24/06/2024, às 17h11

A solidão materna geralmente acontece durante os primeiros anos dos filhos - Foto: Reprodução / Instagram

A solidão materna é uma realidade pouco discutida, mas amplamente vivida por muitas mulheres. Esse fenômeno se refere à sensação de isolamento e desconexão que muitas mães experimentam, especialmente nos primeiros anos de vida de seus filhos ou até mesmo ao longo de seus casamentos. A CARAS Brasil conversou com a psicóloga Letícia de Oliveira para tentar desvendar esta condição, que aproveitou para dar dicas para as mamães superarem este período. 

"Essa solidão da mulher é muito comum, embora o homem tenha entrado nesse papel afetivo com relação ao cuidado dos filhos, na participação das atividades dos filhos como em uma apresentação de escola, reunião ou um pai levando para um médico. Mas na prática, o peso ainda continua ficando na grande e maior parte dos casos para a mulher", afirma. 

A especialista conta que muitos homens ainda agem por conveniência durante a chegada do filho na relação, tornando a maternidade ainda mais desafiadora. "Com isso a mulher se torna chata, que a mulher se torna mandona, se torna controladora, porque ela tem que pedir pra pessoa fazer o que o outro, de fato, deveria fazer por livre e espontânea vontade", diz. 

Leia também: Como falar de luto com os filhos? Especialista dá dicas para abordar o assunto com crianças

Questionada como minimizar o impacto desta solidão na vida das mulheres, Letícia afirma que é importante que as mães busquem uma rede de apoio e, para além disso, não percam seu momento de autocuidado. "É importante não se abandonar, se cuidar e fazer terapia", destaca.

"Também estar perto de família, se for uma família funcional, uma família sadia, não se isolar socialmente e tentar se encontrar com amigas, tentando se manter em contato com amigos", completa. 

Um detalhe o qual a psicóloga chama atenção é para o excesso de informações que algumas mães acabam consumindo no período do puerpério. Segundo Letícia, é necessário verificar a rede que vai se formando, para não acabar construindo uma rotina tóxica e reforçar o sentimento de melancolia. 

"Então é importante tentar agir mais pelo instinto, pela própria observação e experiência, do que pelas regras. Siga perfis que de fato tenham a maternidade de uma forma mais leve e não se abandonar, não deixar de ter o seu horário, a sua unha, seu autocuidado, o seu momento com a amiga, porque tudo isso te mantém de pé, nutrida para poder administrar essa fase difícil", explica.

Surenã Dias e Letícia de Oliveira

Leticia de Oliveira é psicóloga comportamental (CRP SP: 0695130) com referência em Análise comportamental. É fundadora do Núcleo Letícia Oliveira, ao qual presta atendimentos multidisciplinares, com foco na saúde e cuidado do corpo e mente. Atuou como psicóloga consultiva no programa “É De Casa”, da Rede Globo, e ao longo de sua carreira, já ajudou milhares de mulheres a conquistarem o controle de suas moções e terem uma leve e feliz om seus treinamentos e consultas.

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