A ex-primeira dama do Brasil está internada em estado "irreversível" no hospital Sírio Libanês em São Paulo
Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o hospital Sírio Libanês, em São Paulo, a realizar os procedimentos burocráticos para a doação dos órgãos da mulher, Marisa Letícia.
A ex-primeira dama do Brasil, que está internada desde o dia 24 de janeiro, não apresenta mais fluxo de sangue na cabeça. Mas sua morte, no entanto, ainda não foi decretada de forma oficial.
"A família Lula da Silva agradece todas as manifestações de carinho e solidariedade recebidas nesses últimos 10 dias pela recuperação da ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia Lula da Silva. A família autorizou os procedimentos preparativos para a doação dos órgãos", disse o comunicado no Facebook de Lula.
Segundo o médico cardiologista Roberto Kalil Filho, o quadro clínico da mulher de Lula -- com quem está casada desde 1974 -- se tornou "irreversível" nas últimas 24 horas. Ela não apresenta mais fluxo cerebral e respira com a ajuda de aparelhos. A inflamação e o edema causados pelo AVC não regrediram como o desejado, a pressão intracraniana aumentou e ocorreu vasoespasmos (contrações de vasos sanguíneos) no cérebro.
Na segunda-feira, 30, os médicos haviam detectado a presença de uma trombose venosa profunda dos membros inferiores -- bloqueando o fluxo sanguíneo. Na terça-feira, 31, os médicos retiraram os sedativos que a mantinham em coma induzido, mas dona Marisa não reagiu bem e voltou a ser sedada.
Na quarta-feira, 1, o ex-presidente e seus filhos foram chamados ao hospital e passaram a noite ao lado de Marisa.
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