São Paulo oferece testes rápidos para sífilis em serviços de oito municípios

Redação Publicado em 03/07/2012, às 11h42 - Atualizado às 11h52

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Desde junho, São Paulo oferece testes rápidos gratuitos para triagem de sífilis, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 14 serviços de oito municípios. São seis na capital e oito no interior. A Secretaria de Estado da Saúde, porém, já capacitou profissionais de saúde para a realização dos testes em 39 municípios e a meta é chegar a 80 neste ano. A ideia é que os testes estejam disponíveis em todos os serviços de testagem do Estado, em 145 municípios, até 2013. A realização do teste é simples: com o uso de um kit, coleta-se sangue para análise. O resultado sai em até 20 minutos.

O objetivo do teste rápido é colaborar para a eliminação da sífilis congênita no Estado até 2015. Isto deve estar ocorrendo em todo o País, que é signatário de uma proposta da Organização Mundial de Saúde (OMS) de eliminar a sífilis congênita do planeta até 2015, o que significa ter no máximo 1 caso em cada grupo de 2000 bebês nascidos vivos.

Na Região Sudeste, a taxa de prevalência da sífilis em parturientes de 15 a 49 anos é 1,6% — em outras palavras, a cada grupo de 62 gestantes uma estaria infectada e, se não for diagnosticada e tratada, pode abortar ou dar à luz um bebê morto ou infectado (sífilis congênita).

A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida de uma pessoa para outra nas relações sexuais sem o uso de preservativos e da gestante para o feto pela placenta (“transmissão vertical”).

Ao entrar no organismo, a bactéria fica incubada por 10 a 90 dias, em média por três semanas. Surge, então, o primeiro sinal, uma ferida no local em que ocorreu o contato infectante, que em 99% dos casos é nos genitais, mas pode ser também na boca, no ânus e no dedo. Esta fase é conhecida como sífilis primária. A ferida em geral é única, não dói, tem as bordas endurecidas e não sangra. Como normalmente é indolor, pode passar despercebida e desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a doença continua a evoluir de modo silencioso e, após 6 a 8 semanas, surgem as lesões da fase secundária: manchas disseminadas pelo corpo, acompanhadas ou não de ínguas no pescoço, axilas e virilhas, com ou sem febre. Surgem também manchas descamativas na palma das mãos e na planta dos pés. Pode haver ainda queda de cabelo em clareiras, perda das partes distais das sobrancelhas, elevações em torno do ânus ou na boca. As lesões secundárias desaparecem e a doença continua evoluindo de forma silenciosa. Um terço dos casos não tratados pode evoluir para a fase terciária após 3 a 15 anos, comprometendo a pele, os olhos e órgãos como coração e sistema nervoso central.

O ideal é que as pessoas fiquem muito atentas e, ao perceber alguma ferida em seus genitais, consultem um médico, façam o diagnóstico e se tratem com penicilina: são doses diferenciadas para cada fase. Apenas ela atravessa a placenta e trata também o feto. O exame para sífilis faz parte do pré-natal e a penicilina é de graça no SUS.

Como se trata de uma DST que pode passar despercebida, é importante que as pessoas que fazem ou tenham feito sexo sem preservativo procurem uma Unidade de Saúde e façam o teste para sífilis. A eliminação da sífilis congênita só será possível com o diagnóstico e o tratamento dos parceiros sexuais. Você pode saber onde fazer o teste consultando o Disque DST/Aids pelo telefone 0800-16-25-50.

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