O fim de um amor não é o fim do mundo. Outros amores virão

Redação Publicado em 17/04/2012, às 12h02 - Atualizado em 21/01/2013, às 02h16

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Apesar de isso nunca estar em nossos planos, o amor pode chegar ao fim. Um dia aquela pessoa a quem nos dedicamos e com quem fazíamos planos nos diz que “infelizmente acabou”. Não é por nada que fizemos, não há culpa ou motivos, simplesmente chegou ao fim. Quando acontece, é difícil de acreditar. Prometemos mudar, propomos “dar um tempo”. Nada adianta — e é melhor assim.

Receando encarar a verdade, as mulheres geralmente se culpam — “O que foi que eu fiz?” — ou desculpam — “Ele tem medo de amar”. Porém, apesar de doer, é melhor enfrentar o fim e até agradecer a quem tem a coragem de dizer a verdade. Ao menos não prolonga a agonia de algo que já acabou.

Muitos comportamentos sinalizam que já não somos amados. Ele ou ela está sempre dando desculpas para o distanciamento: muito trabalho, cansaço, demandas da família, dos amigos. Ora, quem ama sente saudade, quer ficar junto, viajar, conhecer nossa família, apresentar os amigos. Se isso não acontece é porque não há amor, e o melhor para todos é desistir enquanto ainda resta alguma dignidade.

O homem sente mais dificuldade de dizer claramente que acabou. Se é cavalheiro e educado, não quer ferir aquela a quem amou. Ao mesmo tempo, teme que ela possa fazer escândalo. Por isso, prefere dar as dicas e esperar que ela tome a iniciativa. Se não dá certo, vai levando enquanto sente alguma atração sexual, mesmo que já tenha outra. Muitas vezes ela até percebe que acabou — “Quem quer dá um jeito, quem não quer inventa uma desculpa”, diz um provérbio árabe —, mas não admite, se ilude, cria a esperança de que seja só uma fase. Só cai na real quando, uma vez longe, ele não telefona, desaparece.

Claro que a rejeição e o abandono machucam. Ao fim de um amor há quem chegue a pensar: “Se ele ou ela tivesse morrido seria melhor”. A pessoa vive as mesmas fases do luto. Primeiro, a negação: “Ela ainda me ama, pois vai voltar”; “Ele me ama, mas tem medo”. A cada tentativa de volta, porém, há a humilhação de aceitar a realidade. Depois disso, vem a percepção do que se perdeu — a companhia, o carinho, os planos conjuntos. E tudo piora quando se descobre que há outra pessoa: “O que ela ou ele tem que eu não tenho? Juventude, beleza, dinheiro?” Essa descoberta acaba com a autoestima, mas o melhor é se conter. Quem quer viver um Atrás da Porta — lembra-se da música do Chico Buarque (67)? — e se arrastar, se humilhar, que o faça, mas a sós, sem deixar o outro saber. Por fim, vem a raiva, que nos ajuda a superar tudo. Lembramos dos defeitos, das indelicadezas, das nossas desconfianças que se revelaram certezas.

Uma grande ajuda pode vir dos amigos, da família, que nos dizem como somos bonitos, legais e que tudo vai passar. Também é bom lembrar que conseguimos superar e esquecer outros amores. Com o tempo vem a cura, a libertação, a consciência de que é melhor ficar só do que com quem não nos ama mais e, finalmente, a superação, a volta do amor-próprio, o orgulho de ter conseguido se livrar de uma dor.

Aí, é hora de comemorar: “Estou só e sobrevivo, acordo e me sinto feliz.” Em vez de Atrás da Porta, cantamos Olhos nos Olhos, do mesmo Chico: “Quero ver o que você faz/ Ao sentir que sem você eu passo bem demais/ E que venho até remoçando,/ Me pego cantando, sem mais nem por quê.” E assim seguimos em frente.

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