Gianecchini estreia peça 'Cruel' em SP

Reynaldo Gianecchini estreou a peça 'Cruel' nesta quinta-feira, 23, no Teatro FAAP em São Paulo, ao lado de Erik Marmo e Maria Manoella. O elenco recebeu famosos que comentaram o espetáculo

Redação Publicado em 24/06/2011, às 01h22 - Atualizado às 02h54

Reynaldo Gianechini, Maria Manoella e Erik Marmo - Orlando Oliveira / AgNews

Reynaldo Gianecchini (38) estreou na noite desta quinta-feira, 23, a peça Cruel no Teatro FAAp ao lado de Erik Marmo (35) e Maria Manoela (33). “Fiquei muito feliz com a estreia. É um texto muito bom, mas muito denso e nos dedicamos muito, pois são personagens complexos, cheios de emoções”, disse.

Muitas atrizes e atores estiveram na plateia. Eva Wilma (77) se emocionou e chegou a chorar com a apresentação. “Eu me envolvi com eles no palco. Fiquei realmente muito emocionada com a atuação dos três”, revelou. Reynaldo ficou muito surpreso com a presença da atriz: “Nossa, não sabia que ela estava aqui, mas é uma grande honra saber e ainda mais descobrir que ela se emocionou com a peça”.

O autor Silvio de Abreu (68) também foi só elogios a Giane: "Ele é um ator muito esforçado e dedicado. As pessoas têm esse preconceito de quem é bonito não ter talento. Ele mostra que é bonito, mas tem talento. Foi emocionante ver a atuação do Gianecchini, que é um grande ator. Na verdade, os três emocionaram no palco”. E a atriz Vera Holtz (57) também demonstrou seu carinho ao ator: "Ele foi meu filho na novela e estou muito feliz com a estreia dele nesta peça".

Saiba o que os outros ilustres presentes à peça Cruel disseram sobre o espetáculo e a atuação de Reynaldo, Erik e Manoella:

“São três atores de muita coragem para montar esta peça, um texto de August Strindberg, que é um texto denso. E eles estiveram ótimos nos palco”, comentou Ana Lúcia Torre (66), a Tia Nenem de Insensato Coração.

“Ver a Manoela no palco com esta peça me emocionou muito. Ela, que foi minha aluna, estava perfeita, assim como o Gianecchini e o Erick Marmo”, revelou o ator e diretor Renato Borghi (72).

“Maravilhosa. Eu realmente fiquei muito emocionado com eles e com o texto”, disse Beth Szafir (60).

Assitiram também a peça Lúcia Veríssimo, Mel Lisboa, Cassio Scarpin, Tais Pacholek, Lucélia Santos, Geisy Arruda.

Com direção de Elias Andreato, Cruel é uma mistura de drama e suspense. Entre outras, as características dos personagens mesclam ingenuidade, manipulação, egocentrismo e soberba. A história traz relações de amor e amizade, ódio e paixão, volúpia e desconfiança, entre outros sentimentos inerentes à natureza humana. Esses ingredientes compõem um duelo.

Movido pelo sentimento de vingança, Gustavo (Reynaldo Gianecchini) é o vetor da história. Muito perspicaz e orgulhoso, ele desenha os acontecimentos e os conduz à direção em que premedita.Adolfo (Erik Marmo) é um pintor inseguro, facilmente manipulado, mas sutilmente forte. Casado com Tekla, (Maria Manoella), uma bonita, sedutora e sagaz escritora, cai na armadilha do egocêntrico e cruel Gustavo, ex-marido de Tekla. Ela, objeto de desejo dos dois (de formas diferentes), apesar de sua frieza e inteligência, é vitimada pela articulação mal intencionada de Gustavo.

Segundo Gianecchini, os três são personagens paradoxos. “Eles são cheios de dualidade e complexidade. Falam uma coisa e pensam outra; fingem emoções. Também são muito ricos internamente”, revela o ator. “Eu, realmente, estava querendo fazer parte de uma montagem simples, em horário alternativo e que comunicasse com o grande público. A Célia e a Selma, da Morente Forte, e o Erik já queriam produzir um projeto nesses moldes. Convidaram o Elias que trouxe o texto, eu adorei a ideia de trabalhar com amigos, de estudar um clássico e ter o Elias como maestro”. Manoella concorda com ele. “Gosto de trabalhar com textos consagrados. Isso está cada vez mais raro. Acho uma grande oportunidade, um grande exercício. Essa peça é atual, moderna e quebra paradigmas. Aborda as relações humanas, de casal, envolvendo temas como lidar com separação, com o marido, o ex-marido, o ciúme... Enfim, assuntos do nosso dia a dia”.

A energia dúbia de Adolfo é o que encantou Erik Marmo. “É muito interessante o paradoxo em que ele vive. É fraco e forte ao mesmo tempo. Loucamente apaixonado por sua esposa, é capaz de ir às últimas consequências”. No palco, mais do que ações e gestos, as mentes se enfrentam. A mais ardilosa vence a batalha. A mais ingênua perde a guerra, pois é considerada frágil e destrutível. Com isso, é deflagrada uma corrente de forças, em que os personagens tentam ser vencedores de seus próprios conflitos. Cruel é, também, um xeque-mate a instituição do casamento. Esse projeto inaugura o horário das segundas e terças do Teatro FAAP


 

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