Emoção de Glória Menezes no fim de sua peça 'Ensina-me a Viver'

Após cinco temporadas em São Paulo e uma no Rio, além de turnê por 26 cidades brasileiras, com Ensina-me a Viver, Glória Menezes (77) despede-se da peça com o sentimento de dever cumprido, mas com gostinho de quero mais. “Estamos com um aperto no coração, porque ninguém quer que ela acabe. Nem o público. São quatro anos que a gente convive, virou uma família, e de repente deixar de se ver fica difícil”, constata a estrela, no Teatro Sérgio Cardoso, na capital paulista. “Foi um prazer enorme viver esse espetáculo, um sucesso. Mas tudo tem fim. Então, quero agradecer à cidade de São Paulo, que sempre nos prestigiou. E também ao Arlindo, que comprou os direitos e me convidou para fazer esse trabalho. Ele é um ator maravilhoso, além de um menino de muita responsabilidade”, assinala a musa do astro Tarcísio Meira (76), citando Arlindo Lopes (32), que, com nomes como Fernanda de Freitas (31), Antônio Fragoso (44) e Ilana Kaplan (46), integra o elenco.

Vista por 510000 pessoas em quatro anos, a montagem de João Falcão (53) — que também dirige Glória na série da Globo Louco por Elas, prevista para estrear em 2012 —, conta a improvável história de amor entre Harold, personagem de Arlindo que, aos 20 anos, é obcecado pela morte, e Maude, de 80 anos, uma mulher apaixonada pela vida. A octogenária ensina ao jovem os prazeres da vida e da liberdade. “Glória é uma grande atriz e parceira. É divertida, apaixonante, me ensinou muito dando vida à Maude”, destaca Arlindo.

Além do êxito do espetáculo, o elenco comemorou ainda os 55 anos de Maria Siman, produtora da peça, e estendeu a noite com amigos no Bar do Nelson, da empresária Lilian Gonçalves (63), filha do inesquecível cantor  Nelson Gonçalves (1919-1998). “Para mim é um prazer ter todos aqui. Glória é a atriz mais encantadora que o teatro mostrou nos últimos tempos. O que também me impressiona é como essa personagem lhe caiu bem. Parece que a peça foi escrita para ela e Arlindo, outro ator maravilhoso”, exalta Lilian. “Hoje é dia de festa. O teatro é uma paixão e quero fazer isso para o resto da vida, e sempre com a Glória, com o Arlindo, sempre com as melhores pessoas. Porque são elas que fazem a festa. Eu só cuido dos bastidores”, completa a aniversariante.

Já com saudade do palco, os envolvidos não descartam uma volta ao cartaz. “Depende de patrocínio. Sem ele não conseguimos manter a peça”, conclui Maria. “Brincamos que o espetáculo já teve várias sobrevidas, porque já esteve para acabar várias vezes e conseguimos retornar com ele”, conta Ilana. “O coração fica triste quando pensa no fim, pois amamos essa peça. Olhamos para a plateia lotada e pensamos que não vai acabar”, concorda Antônio. “Quem sabe não voltamos no outro ano? Quem sabe?”, diz Glória.