Amy se foi, mas deixou influência

Ela transformou o drama pessoal em arte ao compor o álbum Black to Black (2006), que a alçou à fama mundial. Como Amy Winehouse, muitas garotas vêem na música uma válvula de escape para tentar superar corações partidos ou problemas em relações familiares. A cantora, morta neste sábado, 23, bebeu no Soul e na moda dos anos 50 e 60 para compor um personagem único e insubstituível. Mas, apesar da curta carreira, deixou influências.

Dionne Bromfield (15) era a maior aposta da musa de Rehab. A afilhada de Amy foi a primeira artista a assinar com a gravadora aberta pela cantora, a Lioness Records, em setembro de 2009. Para impulsionar o lançamento da carreira de Bromfield, Amy chegou a aparecer na TV fazendo backing vocal para a novata. O disco de estreia, Introducing Dionne Bromfield, foi lançado em outubro daquele mesmo ano. O segundo, Good for the Soul, saiu em julho de 2011. Foi ao lado de Dionne, também, a última aparição pública de Amy Winehouse. Na última quarta-feira, 20, Amy subiu ao palco do iTunes Festival, em Londres, para pedir que o público comprasse o novo disco da afilhada.

Na trilha dos corações partidos, outra inglesa, Adele (23), surgiu pouco depois de Amy e chegou a ser comparada pela crítica a Winehouse (de quem era amiga), pelo estilo de cantar e pelas letras que relatam dramas pessoais. Vencedora de dois Grammy em 2009 (Artista Revelação e Melhor Vocal Pop Feminino), Adele lançou o primeiro disco, 19 (2008), após o término de um namoro, e entrou em estúdio para colocar voz em Rolling in the Deep - do segundo álbum, 21 (2011), e uma das músicas mais tocadas do ano, se não a mais tocada - na manhã seguinte a um novo término. Longe dos escândalos envolvendo álcool e drogas, Adele tem um único vício confesso: o cigarro, que tenta abandonar.

Ao se lançar, Duffy (27) também chegou a ser considerada a "nova Amy Winehouse". Em fevereiro de 2009, o jornal The New York Times colocou a galesa ao lado de Amy e Adele na lista de novas divas da soul music. Duffy já tem dois álbuns, Rockferry (2008) e Endlessly (2010), também influenciados pelo Blues e pelo Soul. Em setembro de 2008, a cantora se declarou "à beira de um ataque de nervos", por causa da pressão trazida pela fama.