Nicolas Cage confessa: 'Às vezes é bom ser odiado'

O ator fala de sua carreira e revela seus ídolos, como o compositor John Cage e o pintor Edvard Munch

CARAS Digital Publicado em 15/08/2014, às 12h44 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

Nicolas Cage - Getty Images

Em conversa com a Revista The Talks, Nicolas Cage, que é sobrinho do cineasta Francis Ford Coppola, fala da mudança do seu sobrenome: "Conquistei a liberdade".

Por que você mudou seu sobrenome?
Tive que me reinventar. Legalmente, ainda sou Nicolas Coppola. Amo a minha família mas, para um jovem ator fazendo testes, este sobrenome pesava muito. Quando mudei, consegui me focar só nos personagens durante os castings. Ganhei a liberdade de ser quem eu queria: 'Nicolas Cage'.


O mais inusitado é ver você falar de liberdade e ter escolhido o sobrenome “Cage” [gaiola]. É irônico, não?
Nunca tinha pensado desta maneira. Estava buscando algo que fosse simples e único. Queria que as pessoas se lembrassem de um sobrenome exótico, curto e doce. E me pareceu que Cage cumpria esta função. Tom Cruise também mudou seu nome [ele se chama Thomas Cruise Mapother IV]. Fizemos isto juntos. E também adotei este porque sempre gostei das composições do músico John Cage. Achei interessante ter estes dois lados: o pop e o intelectual.


O crítico Roger Elbert afirma que você é um ator sem medo. Mas o que você diz para as pessoas que criticam seu estilo, comentando que você é 'exagerado' na atuação?
Esta é a beleza do desafio todo: você tem que testar suas crenças. E se alguém faz algo de uma forma muito única, as chances de crítica são maiores. Muitos dos meus heróis foram severamente criticados, como o pintor Edvard Munch e o compositor Ígor Stravinsky, por exemplo. Eles quebraram o padrão em sua arte. E, para mim, na atuação não existe sentimento honesto irrelevante e que não funcione – mas você pode estar fazendo algo muito simples ou apenas sendo virtuoso. Ser amado não é sempre a melhor saída. Às vezes é bom ser odiado. Neste caso, pode significar que você esteja fazendo algo fora de sua zona de conforto.
 

E qual foi a última performance que viu e acha que foi realmente única?
Joaquin Phoenix em O Mestre. Eu amei ele neste papel. Joaquin teve uma performance original, honesta e trágica. Não existem outro ator como ele. Também acho Aaron Johnson excelente. E tive a sorte de já ter trabalhando com os dois.


Você se sente confuso ao escolher os roteiros que filma?
Só quero que as pessoas entendam uma história: faço escolhas conceituais. São filmes que quero fazer - não é porque eu não tenho controle da minha carreira. Tenho o controle total exatamente por estar incontrolável nesta hora.

Leia a entrevista na integra, aqui.

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