Após ser eliminado, Rodrigo chora no 'Mais Você' e fala sobre preconceito racial e religioso

Rodrigo foi o décimo primeiro eliminado do Big Brother Brasil 19 na noite desta terça-feira, 2.  

O carioca disputou a berlinda com Carolina e Hariany, mas foi o mais votado (69,71%) e acabou saindo do reality. As meninas, por sua vez, receberam 28,37% e 1,92% dos votos, respectivamente.

Em entrevista ao Mais Você, o ex-brother apontou o que acredita ter sido o motivo de sua saída: "Não combinei voto, fui eliminado por conta disso”.

Após ver algumas imagens do confinamento, o cientista social revelou ter se decepcionado com algumas atitude. "Hoje, vendo as imagens, têm algumas falas da Paula, Hariany e Carolina que não era o jogo que eu escolheria", disse ele. Apesar disso, o moço garante ter feito boas amizades na casa. "Valeu muito a pena a troca que tive com a Gabriela, Rízia e Hana", afirmou.

Em seguida, a emoção tomou conta da atração matinal quando Rodrigo foi questionado por Ana Maria Braga sobre preconceito racial e religioso. 

Em lágrima, ele desabafou sobre o assunto. "Não cheguei nesse programa para catequizar ninguém. Pouquíssimas vezes falei, mas para uma pessoa que também é adepta. Mais uma vez colocaram o candomblé como algo maligno e perverso sem o cuidado de perguntar do que se trata. Têm casas de axé que são depredadas, que jogam fogo. Infelizmente temos parte do setor público que é indiferente a essa causa. Não posso me calar de forma alguma. Talvez minha missão tenha sido provocar esse tipo de reflexão. Pouco importa sua orientação sexual, sua religiosidade. O que importa é sua história. Acredito muito nesse país. A gente precisa consertar, tirar essas mazelas sociais de debaixo do tapete. É difícil falar a palavra racismo. Esse palavrão realmente dói, é difícil de ser dito, de ouvir e assumir. Em 2019, a gente ainda tem comportamento de Brasil Colônia. A gente ainda olha para o outro como inferior, como menor", analisou ele. 

Por fim, o carioca relembrou o episódio em que foi repreendido por roncar muito. 

"Sofro de intolerância à lactose, que me faz desenvolver muito muco. Dentro da casa, como não estava fazendo espetáculo, tomei muito leite e comi muito queijo. Ainda fiquei num quarto com carpete, camurça e edredom muito peludo, isso potencializou. Estava num lugar onde todo mundo roncava e a problemática era eu, a gente lida muito mal com diferença, com a dificuldade do outro, eu assumi que era uma problemática. Da forma que foi construída em relação à exposição, isso me afetou muito. Não foi uma conversa, se colocou uma assembleia como se eu tivesse roubado algo", relembrou.