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Endocrinologista pediátrico alerta para riscos da hipertensão infantil: 'Preocupante'

Em entrevista à CARAS Brasil, o endocrinologista pediátrico Miguel Liberato associa a obesidade infantil como um grande fator de risco

Dr. Miguel Liberato

por Dr. Miguel Liberato

Publicado em 27/06/2024, às 15h57

Número de crianças e adolescentes obesos aumentou drasticamente na última década - Freepik

Reconhecida como um problema global de saúde pública, a hipertensão requer atenção até mesmo durante a infância, devido ao aumento de casos, principalmente associados ao sobrepeso e à obesidade nessa faixa etária.

Em entrevista à CARAS Brasil, o endocrinologista pediátrico Miguel Liberato informa que crianças maiores de três anos devem ter sua pressão arterial medida pelo menos uma vez por ano, pois a hipertensão nessa faixa etária é frequentemente assintomática, podendo apresentar sintomas como cefaleia, irritabilidade e distúrbios do sono.

“A obesidade infantil está crescendo cada vez mais em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde já nos revelam que o número de crianças e adolescentes obesos aumentou drasticamente na última década, com projeções alarmantes para o futuro próximo”, conta o especialista.

No Brasil, estima-se que até 2035, metade das crianças e adolescentes estarão com excesso de peso, posicionando o país entre os primeiros no ranking mundial de obesidade nessa faixa etária. “O impacto a longo prazo é preocupante, já que a obesidade na infância tem alta probabilidade de persistir na vida adulta, aumentando o risco de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia, síndrome metabólica e certos tipos de câncer”, explica.

Para Miguel, a prevenção da obesidade infantil deve começar em casa, com medidas para promover hábitos alimentares adequados desde os primeiros dias de vida. O aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida é crucial, assim como a introdução de alimentos complementares saudáveis e a promoção de atividades físicas adequadas para cada idade. “Reduzir o tempo de tela e estabelecer uma rotina de sono saudável são igualmente importantes na prevenção da obesidade infantil”, recomenda.

Dr. Miguel Liberato

Dr. Miguel Liberato é endocrinologista pediátrico formado em Pediatria (CRM 170830) na Universidade Federal do Espírito Santo, com especialização pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e título pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Professor do curso de Medicina da Faculdade das Américas e da pós-graduação em Endocrinologia Pediátrica no Instituto Superior de Medicina (ISMD).

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