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Dor pós-treino: Por que tomar relaxante muscular é uma armadilha? Especialista alerta

Começou na academia e está sentindo dor muscular? Descubra como aliviar o programa

Gustavo Sá e Paulo Henrique Lima

por Gustavo Sá e Paulo Henrique Lima

Publicado em 26/06/2024, às 19h46 - Atualizado às 20h29

Imagem ilustrativa - Dor Muscular pós-treino no início é processo natural - Foto: Freepik

Pensando em levar uma vida saudável ou ostentar a boa forma no verão, pessoas de todas as idades recorrem à academia para ajudar no processo. Quem está começando, no entanto, deve ter cuidado redobrado tanto no plano alimentar quanto com a grade de treinos que devem ser elaborados por profissionais da nutrição e educação física, respectivamente. 

Nos primeiros dias de academia, os alunos costumam reclamar de dor muscular. Para aliviar o incômodo, tem sido cada vez mais comum a automedicação com relaxantes musculares, o que não é recomendado por especialistas.  Em entrevista à CARAS Brasil, o médico nutrólogo Gustavo Sá explica por que o recomendado é deixar o corpo se recuperar de forma natural. 

"A frase mais famosa da musculação mundial é 'no pain, no gain', sem dor, sem ganho. Então, é normal essa dor, porque quando a gente está treinando, quando nós estamos fazendo a nossa musculação, o estímulo ali dado vai romper fibras e essa é a intenção mesmo. A gente não orienta o paciente a fazer nenhum tipo de analgesia para não barrar esse processo inflamatório, porque a gente deseja esse processo inflamatório, porque é ele que vai sinalizar através de uma enzima chamada creatina fosfoquinase, que o corpo precisa regenerar e regenerar de forma maior e melhor aquele músculo. É um processo natural que a gente precisa passar por ele", explica. 

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O exagero nos exercícios físicos no início da academia em busca de resultados rápidos não é recomendado. De acordo com o nutrólogo, o risco de romper o ligamento ou ter uma consequência ainda mais grave pode atrapalhar o processo e prejudicar a saúde. 

"A gente não gosta e não quer que o paciente exagere. Pra quê? Pra que ele também não tenha lesão. Lesão é complicado, lesão é muito complicado, a gente não quer que esse paciente distenda algum ligamento, que esse paciente lesione algum músculo, então não é para exagerar. A gente precisa ir numa carga submáxima, onde o paciente esteja dentro do seu limiar de crescimento", diz. 

Reconstrução muscular

A recuperação muscular deve ocorrer de forma natural, contando com o auxílio de vitaminas presentes em alimentos. "Elas podem sim ajudar na reconstrução muscular, que é o caso do ácido fólico, a vitamina B12, que é o caso, por exemplo, do ácido ascórbico, que é a vitamina C, mas eliminar a dor, não, ok? Essas duas vitaminas, são, inclusive, usadas para a construção de material genético de novas células, DNA de novas células."

"Coisas in natura, principalmente, é uma boa dica, porque a qualidade nutricional melhora muito. Agora, quanto à quantidade, quem começa a treinar, precisa de bons carboidratos. O grande exemplo, a batata doce, a mandioca, mas também precisa subir a proteína. O ovo é excelente, as carnes... Carnes magras, principalmente, são excelentes. Então, subir o consumo desses macronutrientes", conclui.   

Gustavo Sá e Paulo Henrique Lima

Dr. Gustavo Sá é médico (CRM - 218406-SP) graduado pela UNIGRANRIO e UNEC, com formação diversificada, incluindo experiência no Trinity College Dublin, no Reino Unido. É fundador da LAMEN, especializada em Medicina Esportiva e Nutrologia e também é Master em Business Engineering pela Link School Of Business. Possui também especializações em nutrologia e psiquiatria pelo Hospital Israelita Albert Einstein, além de pós-graduação em Ciências da Longevidade Humana e Envelhecimento. Como CEO do Instituto LongLife, presente em várias cidades, lidera clinicamente e orienta a próxima geração de profissionais de saúde.

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