Cardiomiopatia dilatada: entenda tudo sobre a doença de Cadu, personagem de Reynaldo Gianecchini na novela Em Família

Galã da novela é vítima desta doença cardíaca que acontece no músculo do coração e afeta o bombeamento do sangue pelo corpo, podendo causar até morte subida. Cardiologista conta detalhes sobre o problema e revela como podemos preveni-lo e tratá-lo

Luiza Camargo Publicado em 08/05/2014, às 17h34 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

Cadu (Reynaldo Gianecchini) - AgNews

Na novela Em Família, um assunto ganhou destaque nas últimas semanas: o problema cardíaco do bonitão cozinheiro Cadu, interpretado por Reynaldo Gianecchini. O rapaz, que sempre foi atlético e sadio, começou a ficar cansado e sem fôlego facilmente, até desmaiar na frente de amigos e da esposa, Clara (Giovanna Antonelli).

Ele foi diagnosticado com Cardiomiopatia dilatada, doença cardíaca que acontece no músculo do coração e afeta o bombeamento do sangue pelo corpo. As consequências desta doença podem ser drásticas, como uma morte subida, mas há casos em que apenas uma medicação periódica já soluciona o problema. Em entrevista à CARAS Digital, a Dra. Luciana Fonseca, cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, contou todos os detalhes desta doença: como ela é originada, se podemos evitá-la e qual é o seu tratamento. Entenda!

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Afinal, o que é a cardiomiopatia dilatada?
Cardiomiopatia se refere a doenças do músculo cardíaco, com dilatação do coração. O coração é um órgão muscular, que bombeia sangue para os pulmões (ventrículo direito) e para o resto do corpo (ventrículo esquerdo). A cardiomiopatia dilatada é uma doença do músculo do coração, afetando principalmente a câmara principal do órgão (ventrículo esquerdo). O ventrículo esquerdo aumenta de tamanho (dilatação) e apresenta diminuição de força para bombear sangue para o corpo. Pode haver envolvimento dos dois ventrículos, direito e esquerdo, com a progressão da doença.


Ela pode acontecer em pessoas de qualquer idade e sexo? Há algum fator genético que influência esta doença?
Sim, ela pode afetar ambos os sexos e ocorrer em pessoas de todas as idades. Porém, certos tipos são mais comuns em alguns grupos. Exemplo: a cardiomiopatia dilatada é mais comum em homens entre 20 a 60 anos. A causa da cardiomiopatia dilatada, muitas vezes, não é conhecida (cardiomiopatia dilatada idiopática). Em crianças, a forma familiar da CMD ocorre em 20-30% dos casos, sugerindo que a CMD tenha características genéticas.

Existe alguma forma de evitá-la?
O uso de algumas substâncias - álcool e drogas como cocaína e anfetaminas - pode estimulá-la, por isso, o ideal é que elas sejam evitadas. Além disso, pessoas com dietas fracas em nutrientes também estão mais suscetíveis a desenvolvê-la. Certas doenças e condições também podem causar a doença, tais como diabetes, doenças das tireoides, hepatites virais, HIV, Doença de Chagas e mulheres que tiveram complicações durante o último mês de gravidez ou no prazo de 5 meses após o parto.

Quais são os sintomas mais comuns?
A cardiomiopatia dilatada causa sintomas de intensidade variada, ou pode até não apresentar sintomas. Sintomas comuns incluem falta de ar, fadiga (cansaço) e inchaço dos tornozelos, pés, pernas, abdômen e veias no pescoço.  A cardiomiopatia dilatada também pode levar a problemas de válvulas do coração, arritmias (batimentos cardíacos irregulares), coágulos de sangue no coração e morte súbita.

Quais são os melhores tratamentos? Para casos mais graves, qual é o tratamento mais indicado?
O tratamento depende do tipo de cardiomiopatia, da gravidade dos sintomas e das complicações. Na maioria dos casos, envolve mudanças no estilo de vida (controle do diabetes, colesterol e pressão arterial, com mudanças na dieta e uso e medicamentos, se necessário). Parar de fumar, perder peso, evitar uso de álcool e drogas ilícitas e reduzir o stress também podem ajudar. Além disso, vários medicamentos podem ser utilizados para melhorar o fluxo sanguíneo, diminuir o trabalho do coração e reduzir o consumo de energia pelo músculo cardíaco, melhorando os sintomas e retardando a progressão da doença. Outros medicamentos, para reduzir a inflamação do músculo cardíaco, para reduzir a formação de coágulos ou para controlar arritmias, também podem ser necessários.

Para casos mais graves, qual é o tratamento mais indicado?
O transplante cardíaco é indicado nas fases mais avançadas da doença, quando apesar do tratamento medicamentoso adequado, o paciente apresenta sintomas incapacitantes. Há também o tratamento cirúrgico, que também é  indicado em alguns casos específicos, como a revascularização do miocárdio, o implante de marcapasso para ressincronização dos batimentos cardíacos, o implante de cardiodesfibrilador, a ventriculectomia parcial.

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