Andador pode ser um risco à segurança do bebê

A Sociedade Brasileira de Pediatria inicia campanha contra o uso do andador e levanta polêmica. Dados dizem que dez em cada mil atendimentos nos pronto-socorros são provocados por acidentes com o acessório

Redação Publicado em 21/01/2013, às 15h28 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

Com o andador, o bebê pode ter fácil acesso a locais perigosos ou colidir com os móveis - Shutterstock

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) iniciou uma campanha para abolir o uso de andadores de bebês e levantou uma questão polêmica: o acessório é realmente desnecessário e perigoso? “Sim. Sentado no equipamento, o bebê exige menos da sua articulação coxo-femural e os pés não ficam na posição correta no chão. Ou seja, ele pode aprender a andar, mas a ‘caminhada’ não será adequada”, diz Mariana Palhares, pediatra do Hospital Anchieta. Vale acrescentar à argumentação contra o andador o fato de que o bebê não tem coordenação motora e anda sem direção, o que facilita a colisão com móveis.

 

O bebê começa a dar os primeiros passos - ou a apresentar os primeiros esforços para isso - entre os nove e doze meses, uma idade na qual o andador já é utilizado. Com o equipamento, no entanto, ele pode alcançar a velocidade de um metro por segundo e ter acesso a locais perigosos como escadas, tomadas e fogões, por exemplo. A pediatra reforça que as crianças precisam de supervisão 24 horas por dia. “Os pais se sentem mais tranquilos quando o filho está no andador e diminuem a supervisão. Quando o bebê está aprendendo a andar sozinho, a supervisão é maior”, afirma Mariana.

 

 

Saiba como adaptar a casa para eliminar o risco de acidentes domésticos com crianças

 

Há quem defenda o uso. Por isso, o andador ainda está presente nos lares brasileiros com crianças de seis a quinze meses de idade. Um dos argumentos para defender o uso do equipamento é que a criança gastaria mais energia e, consequentemente, ficaria mais calma. Mas existem outras maneiras de entreter o bebê. “Deixe a criança no chão (em um ambiente preparado para isso, claro) tentando engatinhar, andar ou apenas brincando. Se quiser um brinquedo, vai se concentrar e se esforçar para pegar”, diz a pediatra, que acredita que os pais fiquem mais atentos nessas circunstâncias.

 

No Canadá, é proibido vender, importar ou fazer propaganda com andadores. E os países da Europa e os E.U.A também estão tentando criar uma lei parecida. Aqui no Brasil, a SBP baseia a campanha em dados que apontam que dez em cada mil atendimentos nos serviços de emergência para crianças menores de um ano são provocados por acidentes com o andador. As quedas - cerca de 80% de escadas - são as principais responsáveis por lesões graves, que somam um terço do total. Mas, por enquanto, só pode contar com o bom senso dos pais. Se utilizar o andador, supervisione. De qualquer forma, siga a recomendação do seu médico.

 

Por Juliana Cazarine

 

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