Zeca Pagodinho: 'Meu pai sempre bebeu escondido, nunca na minha frente'

Em entrevista a Marília Gabriela, o grande mestre do samba Zeca Pagodinho conta sobre sua infância humilde, a preocupação com a educação dos filhos e como encara tanto sucesso

Redação Publicado em 03/05/2012, às 12h36 - Atualizado às 12h38

Zeca Pagodinho - Orlando Oliveira/AgNews

O mestre do samba Zeca Pagodinho (52) é o próximo entrevistado de Marília Gabriela (63) no De Frente com Gabi, que vai ao ar neste domingo, 6, à meia-noite no SBT. Durante a conversa, Zeca, batizado de Jessé Gomes da Silva Filho, falou sobre a infância humilde, sobre a preocupação com a educação dos filhos e de como encara o sucesso.

Zeca nasceu no subúrbio do Rio de Janeiro, filho de Seu Jessé e Dona Irinéa, o músico afirmou que seu pai sempre foi muito trabalhador e sua mãe era doméstica. Aos 12 anos, ele mesmo trabalhou na feira para ajudar nas despesas da casa. Sobre a veia musical, ele explica. “Eu sempre fui ligado à música, minha família toda é musical. Quem cantava em casa eram meus irmãos, eu ficava observando. Gostava mais da criação”, contou o sambista, que hoje conta com mais de 25 discos lançados.

Ele conta que sempre gostou de frequentar comunidades e brinca com a infância humilde. “Nós fomos criados em terreiro, médico de pobre é pai de santo”, divertiu-se, declarando ainda ser de todas as religiões que falam de Deus.

Pagodinho, que nunca negou seu lado boêmio, garante que tem todo um cuidado nos dias que antecedem suas apresentações. “Um dia antes do show eu não saio, não bebo muito e não brigo com ninguém”, disse ele. “Minha família toda gosta de ‘butiquim’. Meu pai sempre bebeu escondido, nunca na minha frente.”

E foi por amor à arte que Zeca parou de estudar na quarta série, trocando as salas de aula pelas rodas de samba. “Me arrependo de não ter estudado. Em casa meus filhos podem tudo, menos deixar de estudar”, afirma, revelando também sua vontade de voltar às origens. “A minha vontade é voltar para Xérem. Eu gosto da Barra, meus filhos precisam estudar e em Xérem não tem faculdade.”

Apaixonado pelo trabalho, Zeca fala sobre tanto sucesso: “eu fico doido. Ainda é um espanto. Deixa a vida me levar foi a “pancada” da minha carreira”, comenta ele, disparando. “Vou morrer sambista e reencarnar sambista.”
 

Arquivo Zeca Pagodinho Zeca Pagodinho [5182]

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