Doença crônica das pálpebras, a blefarite exige cuidado constante

Redação Publicado em 06/11/2012, às 11h02 - Atualizado em 21/11/2012, às 14h11

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Ablefarite se caracteriza pela inflamação da borda das pálpebras, que abriga os cílios. Tratase de uma doença crônica que atinge os dois olhos. Ela pode ocorrer tanto em homens e mulheres como em crianças várias vezes ao longo da vida. Embora não haja estatísticas oficiais, sabe-se que é bastante frequente.

Existem dois tipos de blefarite: a posterior ou glandular e a anterior ou seborreica. As causas da doença variam conforme o tipo. A posterior ou glandular está associada ao mau funcionamento da glândula de Meibômio, responsável pela produção da parte oleosa da lágrima, que impede que os olhos ressequem. A produção deficiente desse “óleo” nos cílios e também na superfície dos olhos provoca irritação e sensação de ressecamento nos olhos. A visão embaça e a pessoa tem dificuldade para ler e trabalhar.

Já no caso da blefarite anterior, entre elas a seborreica, ocorre uma descamação excessiva da borda da pálpebra e a pele inflama.

Portadores de blefarite anterior, principalmente de origem seborreica, apresentam mais os sintomas no inverno. O clima seco estimula o funcionamento das glândulas sebáceas e provoca o acúmulo de escamas oleosas na borda das pálpebras. Banhos longos e quentes, típicos dos dias frios, também favorecem a descamação.

É essencial não negligenciar nenhum dos sintomas da blefarite. Se não for controlada, as pálpebras ficam suscetíveis à infecção pela bactéria estafilococo. Num ambiente predisposto, como a pele descamada em excesso, a bactéria se reproduz e povoa a pálpebra, agravando a inflamação.

Outras manifestações frequentes das blefarites são o hordéolo e o calázio, popularmente conhecidos como “terçol”, inflamação nodular dolorida na região dos olhos causada pela obstrução ou infecção das glândulas das pálpebras. Estas nodulações podem provocar alteração visual, com indução de grau, pois comprimem o globo ocular e o deformam. A alteração preocupa em especial na criança que inda está desenvolvendo a visão.

Se não for tratada corretamente, a blefarite pode deixar sequelas. A mais grave, embora rara, é a opacificação da córnea, que pode causar perda da visão. Vale lembrar que a doença tem predisposição familiar, mas, mesmo assim, pode ser controlada. 

Pessoas com sintomas de blefarite devem consultar um médico oftalmologista. O diagnóstico é clínico. O especialista examina a borda das pálpebras do paciente com um aparelho parecido com microscópio para identificar o tipo da blefarite, pois o tratamento difere, e descartar doenças que apresentam sintomas semelhantes, como herpes.

Os serviços públicos de oftalmologia estão aptos a tratar de blefarite. Mas, como é crônica, o paciente precisa seguir à risca as prescrições do médico. Se tem o tipo glandular, deve massagear constantemente a glândula, em especial durante o banho, para ela não entupir. Já quem tem o tipo seborreico deve higienizar as pálpebras com xampu neutro bem diluído ou com uma solução específica indicada pelo médico. Limpeza e massagem objetivam controlar ou amenizar os sinais e os sintomas da doença. Se a bactéria estafilococo já está presente na pálpebra do paciente, o tratamento é feito com antibiótico na forma de pomada, que é passada na pálpebra, ou de comprimidos, tomados por via oral.

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