Carência em vitamina D pode levar a osteoporose, câncer e obesidade

Redação Publicado em 08/01/2013, às 11h13 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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As vitaminas são substâncias essenciais, em pequenas quantidades, para o funcionamento adequado do organismo humano. O nome vitamina foi criado pelo bioquímico norteamericano de origem polonesa Casimir Funk (1884-1967), em 1912, com a junção da palavra latina vita, vida, e do sufixo amina. Elas têm uma letra no nome e se dividem em dois grupos: as solúveis em gordura, ou lipossolúveis, como A, D, E e K, e as solúveis em água, ou hidrossolúveis, como a C e as do complexo B (B1, B2, B3, B5, B6, B8, B9 e B12).

Todas as vitaminas são ingeridas com os alimentos, por isso mesmo é fundamental variá-los sempre. Não se deve, claro, consumir diariamente só uns poucos deles, pelo fato de ser grande a possibilidade de se apresentar carência em vitaminas e de se ficar sob o risco de desenvolver doenças.

Alimentos ricos em vitamina D são as gorduras de peixe, o óleo de fígado de bacalhau e alimentos fortificados. É a única, vale destacar, que é produzida na pele quando as pessoas se expõem aos raios solares. Quanto mais escura a pele, contudo, menor a produção de vitamina D. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as pessoas de 19 a 70 anos devem ingerir todo dia 600 unidades internacionais (UI) de vitamina D. A partir dos 70 anos, o ideal é ingerirem diariamente 800 UI. Por essa razão, é sempre importante ter em conta a maior ou menor exposição aos raios solares e complementar as necessidades por meio de uma alimentação apropriada.

A vitamina D, hoje se sabe, é fundamental para a absorção do cálcio pelos intestinos e sua deposição nos ossos, tanto para formá-los bem durante a infância quanto para que permaneçam fortes e saudáveis a vida inteira. Também se descobriu nas últimas décadas que está associada ao risco de desenvolvimento do câncer, obesidade, diabetes mellitus, fraqueza muscular, esquizofrenia, depressão, doenças cardiovasculares e infecciosas, como os resfriados. Crianças com deficiência em vitamina D podem desenvolver raquitismo, doença felizmente menos comum hoje no Brasil, e os idosos ficam mais suscetíveis a apresentar osteoporose, com maior risco de quedas e fraturas graves de ossos, com dificuldade para a calcificação. Os grupos que apresentam maior risco de deficiência em vitamina D são os idosos com mais de 65 anos, pessoas internadas em instituições como asilos e as de pele escura, obesos e quem toma certos medicamentos, como os anticonvulsivantes e os que contêm corticoide, ou se expõem pouco aos raios solares. Na maioria das vezes, a deficiência em vitamina D não provoca sintomas.

O ideal, quando se fala em saúde, é prevenir-se, ou seja, evitar problemas. Você pode fazer isso, no caso da vitamina D, com algumas medidas básicas. Procure habituar-se a consumir alimentos ricos na substância. Exponha-se ao sol pelo menos duas vezes na semana, antes das 10h00 ou depois das 16h00, com braços, pernas e tronco desnudos e sem protetor solar.

A avaliação dos níveis de vitamina D é realizada com um exame de sangue chamado 25-OH Vitamina D. Pessoas que apresentam maior risco de desenvolver o problema devem consultar periodicamente um clínico geral ou um endocrinologista para fazer a avaliação e, se necessário, a suplementação. Esses profissionais estão disponíveis até no serviço público de saúde em todo o Brasil.

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