Adele: "Compor foi o jeito que encontrei para superar a dor"

Para quem acreditava que soul e blues eram gêneros esquecidos das paradas de sucesso desde os distantes anos 50, a surpresa foi grande quando em 2008 uma tímida compositora britânica arrebatou a hegemonia pop da indústria fonográfica com um carisma de menina tímida e um vozeirão apaixonado. E foi assim, com passinhos fortes e silenciosos, que Adele (23) chegou ao mais alto escalão da música contemporânea ao lado dos grandes de nossos tempos.

Reservada, a cantora contou em uma entrevista descontraída ao Jornal da Globo na noite desta terça-feira, 19, que nem sempre é a felicidade que inspira belas obras. "Compor foi o jeito que encontrei para superar a dor", revelou a artista. E pelo visto deu muito certo. Para quem conhece os dois álbuns da cantora, lançados em 2008 e 2011, sabe que muita desilusão recheia o conteúdo de suas letras e não é à toa, não: os dois álbuns foram compostos após términos de namoro.

Há três anos no mercado e já com uma lista grande de apresentações históricas, Adele ainda confessa a insegurança de se apresentar em público, ainda mais para multidões. "Sinto que vou morrer cada vez que piso nos palcos, são os nervos", afirmou. E quando se sente insegura, nada como recorrer às inspirações. As divas de Adele vão desde as veteranas June Carter e Bette Midler até sua colega de paradas Beyoncé (29).

E a beleza, faz parte do pacote, Adele? Ela polemiza: "Música não é para os olhos, é para os ouvidos", afirmou a cantora, que diz que é muito vaidosa, gosta de se sentir bonita e de se vestir bem. "Mas você nunca vai me ver cantando de biquíni", completou.