Depois de tragédia, estreia como diretora reverenciando o pai
Um mês após vivenciar de perto a tragédia da morte por afogamento do colega Domingos Montagner, no rio São Francisco, em Sergipe, onde gravava Velho Chico, Camila Pitanga (39) ganhou um motivo para sorrir. Ao lado do amado, Igor Angelkorte (33), e da filha, Antônia (8), da união com o diretor de arte Cláudio Amaral Peixoto (48), ela promoveu no Festival do Rio a première do documentário Pitanga, com o qual estreia na direção, em parceria com Beto Brant (52). O longa faz uma viagem pela trajetória do pai, Antônio Pitanga (77), principalmente na época do Cinema Novo.
Com o depoimento de personalidades da arte nacional, como Ruth de Souza (95), Maria Bethânia (70) e Caetano Veloso (74), a história mostra o percurso estético, político e existencial do ator que atuou em mais de 60 filmes. “Eu e Beto entendemos que essas histórias dele precisavam ser registradas em película como um documento sobre o Brasil. Ele é um ator negro, um pai que foi ‘pãe’, criou sozinho os dois filhos, eu e Rocco, dentro de uma cultura de preconceito, mas sempre se afirmando pela alegria, por saber dialogar, conversar e criar. São muitas as camadas que abordamos no filme”, comoveu-se a estrela.
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