Anitta dá show em conferência e é aplaudida de pé em Harvard

Cantora defendeu sua música: "O funkeiro canta a realidade dele"

CARAS Digital Publicado em 07/04/2018, às 11h43 - Atualizado às 12h11

Anitta - Reprodução Instagram

Nesta sexta-feira, 6, Anitta esteve nos Estados Unidos para participar da Brazil Conference at Harvard & MIT. A cantora era uma das convidadas mais aguardadas do evento e deu um verdadeiro show ao falar sobre sua trajetória de sucesso

"Antes de cantar, eu nunca tinha ido à zona sul do Rio de Janeiro. Então é muito difícil você cantar o 'barquinho vai, a tardinha cai' se você nunca viu essas coisas. O funkeiro canta a realidade dele. Se ele acorda, abre a janela e vê gente armada e se drogando, gente se prostituindo, essa é a realidade dele. Para mudar as letras do funk, você tem que mudar antes a realidade de quem está naquela área.", disse a artista, que foi aplaudida de pé. "Na favela, você fica sem oportunidade. Você chega na escola pública, principalmente agora com aprovação automática, você sai e não tem previsão de futuro. Não estou dizendo que o funk é a salvação da pátria, mas eu conheço inúmeros funkeiros, inclusive que eu ajudei, que antes eram traficantes, se drogavam….", contou.

Em um momento divertido, Anitta relembrou a reação dos pais quando disse que se tornaria cantora de funk. "Liguei para a minha mãe e contei. Ela apoiou e disse que viraria até faxineira para me ajudar. Meu pai ficou com ódio louco, disse que eu ia ‘rebolar para bandido'. Mas, depois que eu comecei a ganhar dinheiro, meu pai ficou ótimo. Agora jura de pé junto que estimulou desde o primeiro dia".

A esposa de Thiago Magalhães também fez questão de colocar em pauta a luta para chegar ao topo das paradas. "Abri minha empresa na cara e na coragem aos 21 anos. Eu achava que chegaria aonde queria no Brasil aos 30 e poucos", confessou ela.

Sem se esquivar de nenhum assunto, a morena comentou a atual situação política do nosso país. "O Brasil chegou já numa fase que não tem milagre. É esperar, ter paciência, educar, e pensar num futuro com um Brasil educado, com estudo e uma educação igual para todo mundo. Não é investindo na educação hoje que você vai ver o resultado daqui a quatro anos. A gente não pode ter o político que só está pensando em ser reeleito. Ele tem que fazer a parte dele.", opinou. 


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