Ele tem apenas 20 anos de idade, mas já acumula trabalhos importantes no currículo.
Thiago Martins, que ingressou na carreira artística depois de integrar o grupo Nós do Morro, projeto social feito com moradores da comunidade do Vidigal, no Rio, já começa a se preparar para mais um desafio. O ator foi convidado para viver
Marcelo D2 no filme
O Anjo da Lapa, de
Johnny Araújo, que começa a ser rodado em 2009.
"Estou superfeliz, com um roteiro superbacana nas mãos. É uma história digna, bonita mesmo", diz ele, que já atuou nos longas
Cidade de Deus,
Maria, Mãe do Filho de Deus e
Era Uma Vez, entre outros trabalhos no cinema, na TV, no teatro e com sua banda, a Guerreiros de Jorge.
"Vou me entregar de corpo e alma. Farei com o coração", garante o rapaz.
Além de versátil, Thiago também mostra que soma muitas outras virtudes, entre elas a humildade e a garra. Durante conversa com o Portal CARAS, o ator, namorado da também atriz
Fernanda Paes Leme, fala como surgiu o convite para o novo trabalho e conta que não tem grandes pretensões de se tornar um galã.
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Como foi o convite para participar do filme como o D2?
- Na verdade, eu fiz o filme
Era Uma Vez, escrito pela
Patrícia Andrade, que também está assinando este filme do
D2, com
Nelson Motta. Ela me disse sobre um projeto que estava tocando para 2009 e que gostaria que eu participasse. Com isso, acabei sendo convidado para fazer a primeira leitura do texto e, depois de uns três meses, o diretor
Johnny Araújo, que já tinha elogiado meu trabalho, telefonou dizendo que tinha tido uma intuição de que eu deveria fazer o filme. Marcamos um encontro no estúdio do Marcelo, aí pude conhecê-lo melhor.
Seu Jorge, que também atua no filme, estava lá. Foi um momento incrível.
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Do que se trata a história?
- Não é uma biografia do Marcelo. O filme conta a história de amor e respeito entre dois amigos, que se juntam para tentar viver dignamente através da música. É baseado na história do
Marcelo D2 e do
Skank, um amigo dele que já faleceu, mas não chega a ser uma biografia.
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Você aceitou o trabalho de pronto, então?
- Sim. Topei na hora, sou super fã do Marcelo. Sem falar do roteiro, que é incrível. O Nelson (Motta) é demais, uma pessoa absurda, muito talentoso. E a Patrícia também. Estou muito feliz. Cinema é um mundo muito mágico, do qual não quero sair tão cedo.
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Quem mais está no elenco?
- Por enquanto, três pessoas estão confirmadas: eu, o
João Miguel e o Seu Jorge.
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Quando começam as filmagens? Onde serão feitas?
- Isso é para o ano que vem. Devemos começar a filmar nos primeiros meses de 2010, no Rio de Janeiro. O filme vai mostrar a Lapa dos anos 90, na época do carnaval de rua. Agora estamos na fase de captação de recursos.
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O que está fazendo para 'incorporar' este personagem?
- Nesse momento estou acompanhando o Marcelo em alguns shows, mas por enquanto é uma coisa informal. Ainda não chegou a hora de eu começar a me preparar a fundo. Devo ter outros trabalhos ainda neste ano para a TV. A partir de setembro e outubro que me dedicarei mais ao filme. Temos todo um tempo ainda.
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Quais são estes trabalhos que citou para a televisão?
- Devo fazer novela ainda este ano na Globo, mas não sei qual. Também pretendo voltar com a peça
Os Dois Cavalheiros de Verona, do Nós do Morro. Sem falar da minha banda, que está bombando.
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Que você é fã de música não é novidade, mas é fã do D2?
- Sou fã, sim, sua música é muito forte no Brasil, tem uma galera que se identifica muito, e agora estou me identificando também. Ele é do bem, tem todo um lado pai, responsável... Não o admiro só como artista, mas como homem.
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O que prefere entre cantar, fazer novela, teatro ou TV?
- Gosto de fazer tudo, mas minha formação é de teatro. TV e cinema foram consequências que graças a Deus aconteceram na minha vida.
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Aonde pretende chegar na vida profissional? Tem o sonho de ser um galã da novela das 8, por exemplo?
- Não. Isso pode vir a acontecer, mas não tenho este sonho. Quero continuar vivendo dignamente com a arte, podendo trabalhar, fazer cinema, teatro, TV, seguindo minha trilha, estudando e renovando sempre. Ser um galã ou um astro da Broadway serão consequências de um trabalho que venho fazendo há 16 anos com o Nós do Morro.