14|A INGLESA AMY WINEHOUSE, GRANDE VENCEDORA DO GRAMMY 2008, AGRADECE SEUS 5 TROFÉUS VIA SATÉLITE
Mais importante prêmio da indústria fonográfica americana, tido como o Oscar da Música, o Grammy Awards 2008 ganhou festa à altura de seus 50 anos. Estrelas de várias vertentes musicais reuniram-se no Staple Center, em Los Angeles, para celebrar novos e consagrados talentos. O saudosismo deu o tom - como não se emocionar com o retorno da diva
Tina Turner (68) ao palco para cantar com
Beyoncé Knowles (26) ou o surpreendente dueto de
Frank Sinatra (1915- 1998), em imagem em preto-ebranco projetada, e
Alicia Keys (28)? E, se as performances ao vivo primaram pela afinação, a voz da inglesa
Amy Winehouse (24), que fez show e agradecimento em Londres - transmitido via satélite em telão - falou mais alto: ela faturou cinco categorias, entre elas Melhor Canção do Ano, Rehab, em que faz alusão ao seu envolvimento com as drogas, razão pela qual teve, a princípio, seu visto de entrada nos EUA negado. Ele só foi liberado dias antes do evento, o que impossibilitou sua ida à festa.
"Eu sinto muito não poder estar aí e agradeço esta segunda chance", declarou a polêmica Amy Winehouse, com seu look exótico. Ela levou ainda os gramofones dourados das categorias Melhor Gravação, Artista Revelação, Álbum Pop e Melhor Cantora Pop.
Dos três brasileiros indicados à categoria Melhor Álbum de World Music,
Gilberto Gil (65),
Bebel Gilberto (41) e
Céu (27), só Bebel cruzou o tapete vermelho. Quem levou o prêmio em questão foi a africana
Angelique Kidjo, do Benin, por
Djin Djin.
Às 5 h da tarde (11 da noite no Brasil), começava a cerimônia com Alicia e Sinatra dividindo os vocais de
Learnin' The Blues. Pouco depois, Alicia recebe das mãos de
Prince (49) o primeiro gramofone dourado da noite, por Melhor Performance Feminina R&B.
"Agradeço a meus anjos, minha família e os que trabalham comigo", disse ela, que apresentou ainda No One, laureada como Melhor Canção R&B.
Na seqüência,
Rihanna (19) cantou
Umbrella, Melhor Música Rap, acompanhada de Morris Day & The Time.
"Pai, eu lhe prometi dar meu primeiro Grammy, mas acho que vamos brigar por este", brincou ela. Já o
rapper Kanye West (30) cantou
Hey Mama em homenagem à sua mãe,
Donda West, morta em novembro por complicações após cirurgia estética.
"Eu sei que você está orgulhosa e não quer que eu pare. Você quer que eu seja o artista número 1 do mundo", discursou ele, vencedor em quatro categorias.
O chororô foi abandonado com a apresentação de números dos espetáculos
Love, do Cirque du Soleil, e
Across The Universe, em tributo aos Beatles. Após o musical, um coral gospel interpretou Let it Be.
"Meu nome é Ringo.
Fiz esse disco há um tempo com meus amigos John, Paul e George", afirmou o ex-Beatle
Ringo Starr (67), ao agradecer o prêmio de Melhor Trilha Sonora por
Love.
Pouco depois foi a vez de outra grande estrela de Hollywood incendiar o Staple Center.
"Uma é a minha heroína e minha amiga, a outra é uma novata...", disse
Cher (61), ao anunciar o duo Tina Turner e Beyoncé. Tina esbanjou jovialidade ao cantar
What's Love Got to Do With It, Better Be Good To Me e, com Beyoncé, a clássica da
dance music Proud Mary. Extasiada, Beyoncé arrumou confusão sem querer, ao chamar Tina de "Rainha do Soul", título na verdade atribuído a outra diva,
Aretha Franklin (65).
Aretha, laureada como Pessoa do Ano pela Fundação MusiCares, ganhou o microfone logo depois das mãos de
Stevie Wonder (57) e fez animada performance. No dia seguinte, ela soltou o verbo.
"Eu não sei bem em que pés eu devo ter pisado, ou o ego de quem devo ter machucado entre Beyoncé e os roteiristas do Grammy", reclamou, ofendida.
"Mas quero esquecer essa simples controvérsia. E também agradecer ao Grammy por meu 20º prêmio."
Tropeços à parte, a celebração contou ainda com shows de
Fergie (32) e
John Legend (29),
Carrie Underwood (24),
Foo Fighters, Andrea Bocelli (49) e
Josh Groban (26) - que dedicaram a apresentação ao saudoso
Luciano Pavarotti (1935-2007).