Síndrome metabólica aumenta o risco das doenças cardiovasculares

por Alex Carvalho Leite* Publicado em 24/05/2011, às 22h05

Síndrome metabólica aumenta o risco das doenças cardiovasculares -
Até o fim dos anos 1970, a hipertensão arterial, a obesidade, o aumento dos níveis de glicose no sangue, a diminuição da quantidade de HDL, o chamado "bom colesterol", e a elevação da de triglicérides, um tipo de gordura, eram considerados distúrbios isolados. Nos anos 1980, porém, os pesquisadores observaram que essas doenças caminham juntas e lhe deram o nome de síndrome metabólica. Descobriram também que elas aumentam o risco das doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC), ou derrame cerebral. A síndrome atinge homens e mulheres. Tem traços familiares, ou seja, quando alguém a desenvolve, é provável que outras pessoas da família a tenham tido no passado ou venham a tê-la no futuro. Favorecem sua formação os hábitos alimentares errados, isto é, o consumo sobretudo de alimentos industriais, ricos em gorduras saturadas, e o sedentarismo. A primeira indicação da síndrome é a obesidade, principalmente a abdominal. O risco de uma pessoa vir a desenvolvê-la ou já ser portadora é calculado com base na circunferência de sua barriga. Basta pegar uma fita métrica e medir na altura do umbigo. Circunferências menores que 94 centímetros nos homens e 80 nas mulheres são normais. As situadas acima desses valores, porém, indicam que a pessoa pode vir a desenvolver a síndrome. Já as superiores a 102 centímetros nos homens e 88 centímetros nas mulheres aumentam a probabilidade de a pessoa já sofrer dela. Principalmente se, além da obesidade abdominal, apresentar pelo menos dois destes distúrbios: pressão arterial elevada, glicemia aumentada, HDL baixo e triglicérides altos. O mecanismo de formação da síndrome é o seguinte: a gordura que se deposita no abdome produz substâncias que dificultam a ação da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que controla a taxa de açúcar no sangue. Isso favorece o aumento de peso, o desenvolvimento do diabetes do tipo 2 e da hipertensão arterial, a diminuição da quantidade de HDL e a elevação dos triglicérides. O resultado de tudo isso, como disse, é o aumento do risco das doenças cardiovasculares, que podem ser fatais. Só para se ter uma ideia, a síndrome eleva em três vezes o risco de morte por infarto ou AVC e em duas vezes por outras doenças. O ideal é prevenir-se contra o aparecimento da síndrome metabólica. Isso é importante sobretudo se já tem familiares obesos ou portadores da mesma. Você pode fazê-lo praticando atividades físicas e adotando uma dieta saudável e equilibrada. Por dieta equilibrada se entende: aumento do consumo de fibras solúveis e insolúveis; fracionamento das refeições, ou seja, dividi-las em café da manhã, lanche no meio da manhã, almoço, lanche à tarde e jantar; aumento do consumo de vegetais; e não exceder no consumo de bebidas alcoólicas, que contribuem para o acúmulo da gordura no corpo. Pessoas que suspeitem que possam ter a síndrome metabólica devem consultar logo um endocrinologista. O diagnóstico é feito com exames de sangue e a medição da pressão. A síndrome, felizmente, pode ser tratada com medicamentos. A atividade física regular e a alimentação saudável e equilibrada, finalmente, são fundamentais também para diminuir a quantidade de remédios necessários ao controle da síndrome.
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