por Marcos Salles
Mergulhos com botos cor-de-rosa, pescaria e passeio de canoa noturno com focagem de jacarés, cobras e preguiças foram algumas das emoções que marcaram a visita do músico inglês
Roger Waters (65) ao Brasil.
"A Amazônia é sensacional! Estou impressionado com a beleza e a imensidão deste lugar. Ao sobrevoar a floresta senti uma paz maravilhosa e muita tranqüilidade. Ter nadado com os botos, por exemplo, foi uma experiência única em minha vida", contou o ex-baixista e vocalista do Pink Floyd, banda de rock da qual é um dos fundadores. Roger esteve por seis dias em Manaus para a estréia de sua ópera Ça Ira, no XII Festival Amazonas de Ópera.
"Meu maior intuito é colaborar na montagem. Estou emocionado por minha obra ser encenada na íntegra, com fidelidade ao que escrevi. Os cenários estão extremamente criativos", afirmou o roqueiro ao visitar a Central Técnica de Produção Marcos Apolo Muniz, que produziu cenário, figurino e adereços para as apresentações no Teatro Amazonas.
Após acompanhar os detalhes da montagem, Roger passeou com a mulher,
Laurie Durning, e alguns amigos, como o casal
Andrew e
Luci Rawlison, o escritor e jornalista
Nick Sedzwick, o maestro
Rick Wentwhorth e o empresário de turismo ecológico
Carlos Probst. Pescou tucunarés no Água Boa Amazon Lodge, em Roraima, fez cruzeiro fluvial a bordo do Amazon Clipper Premium, viu as vitórias-régias no Parque do Janauary, admirou o encontro das águas dos rios Negro e Solimões e esteve no Hotel Ariaú Tower. O secretário de Cultura do Amazonas,
Robério Braga (56), criador do Festival de Ópera, já planeja a volta do artista.
"Queremos que ele venha fazer um show completo, apresentando as músicas pelas quais é reconhecido", afirmou Robério, incentivador da cultura manauara, no cargo há doze anos.