Embolou legal, queridinha.
Riccardo Tischi, o estilista diretor de criação da Maison Givenchy, começou estampando bolas negras absolutamente gigantescas, cujas curvas marcavam encontros quasequase arquitetônicos nas silhuetas dos modelitos brancos esfumaçados. Bacana! Uma leitura mais moderna do que seria o
print de corriqueiros
"pois". Bem menos feliz foi a idéia dos círculos vazados e "ilhosados" em dois, três, quatro diâmetros diferentes. Eu sei, tem gente que gosta, o
visu fica praticamente o de uma renda rock (ou queijo suíço, como disse maldosamente o WWD...), mas -
anyway -pega meio pesado, sabe como? Mais bolas?? Simsim,
why not? Pérolas e mais pérolas negras, brilhantes, "empipocando" um coletão pra lá de chicoso. Enfim, foi esse
"vrai" show de bola a marca registrada desta coleção Givenchy. As sandálias gladiadoras, sólidas (e exageradas...),
"comme c'est pas possible", prometem vencer guerras imaginárias, ainda que - ufa! - sejam incômodas e piorem o estado de nossas "pernocas" exaustas. Fazer o quê?? São "coisas" da moda... Mas deixa pra lá. Por traz desse inevitável cineminha fashion (ilhoses, tiras de couro, zíperes oblíquos etc....) existe uma alfaiataria notável. Vai daí que, se certos modelitos tomassem um bom banho frio e se livrassem das decorações tantas vezes supérfluas, Tischi atingiria um quase minimalismo apoteótico, com seus cortes afiados, suas "construções" atípicas e seus "casamentos" de formas contraditórias. Um paletó "durão", por exemplo, por cima de uma camisa fluida, chega complementando uma sobressaia escultural, que deixa escapar uma outra saia (ou anágua?) por baixo, insólita, toda molenga. Givenchy verão 2008 é chic, é gótico, é rock, meio perverso, quasequase... tenebroso! Gosto disso. Que mais? Uma lufada colonial: as calças
zuavas, os saruels e os
jodhpurs, que contaminam as passarelas européias. Cuidado, queridinha. De frente, a silhueta fica linda. Mas, de costas, o bumbum cresce e aparece. Uiuiui!