Black-drama. Black-rock. Black-luto. Black-luxo. Black-sexy. Black-magic. Black-ontem. Black-amanhã. Uma silhueta "loooonga",
extra-tailored, chega balançando mil correntes, cruzes!, medalhas douradas... Meu bem, diga amém. Porque a "reza-fashion" de Ricardo Tisci é meio católica, sim, mas - ao mesmo tempo - gótica, caótica, erótica?, sei lá. Pense numa "new" bonequinha de luxo vivendo um "romance-capeta"... Ui! Sinal dos tempos. Sinal dos ventos. Sobre um top transparente, o bordado do "coração de Maria" não disfarça a nudez de um "coração sem
Maria"... Mas que é lindo, é. Logo depois, o desenho de uma cruz cristã cresce na "teia finíssima" de uma blusa de renda. O que é isso?? "
Símbolos do meu passado religioso e das igrejas italianas", afirma o
signore Tisci. Mas... dizem os fofoqueiros do nosso mundinho, ele andou viajando pela América do Sul e freqüentando certos cultos estranhos. Vai saber...
Anyway, a coleção vale a pena: nítida & rígida,
soft & flou! Não existem mesmo camisas brancas mais deslumbrantes do que as que ele assina para a Maison Givenchy. Olha só (
à esquerda) a poesia desse "
jabot" linguarudo, secular/espetacular, que "ultrapassa" - inesperadamente - seus limites... Olha só (
ainda à esquerda) o
caban oleado, corte afiado, leitura modernista, que "acalma" o romantismo talvez exagerado dos babadinhos da camisa fricoteira. Pernas loooongas avançam dentro das calças de couro fininho, talvez a peça coringa da coleção. São justérrimas sim, mas... se "descolam" lindamente na hora do "vamos ver" e... ufa! não marcam mesmo o bumbum. Quando a moda anoitece, vestidos de renda frágil, desses que abalam mesmo a fleuma dos senhores resistentes. O que mais? Um clima hispânico pinta no ar em branco & preto. Spencers
"que venga el toro", coats e até vestidos se enfeitam com passamanarias trabalhosas, no melhor estilo
"que venga el toro". UI!