A moda noite foi de "perder o fôlego". Decotes tomara-que-caia, soutiens aparentes (marca registrada da dupla siciliana), bustiers cheios dos volumes, cinturinhas estranguladas e... saias absolutamente monumentais. O tweed cresce e aparece em panejamentos inesperados. Por baixo, saiotes e mais saiotes, feitos de camadas e mais camadas de tule nebuloso.
Blend sofisticado, bem bacana mesmo. Mas a moda
day by day - aiaiai - foi "retromaníaca" demais. Barra pesada: coletes peludos, hipongas (feitos com as peles dos carneiros da Mongólia, coitadinhos...), bolsas de
patchs estilo feirinha "Praça da República", jaquetas de couro com incrustações de crocô (credo...). As meias de malha grossa de lã, efeito "pernas velhuscas", e as botas "empetecadas/ corpulentas" (e dá-lhe mais crocô...) não ajudavam muito. As saias batendo lá pelas panturrilhas foram uma aposta corajosa, mas... será que "bem-vinda"?? Quem não viveu os anos 70 (os melhores da minha vida) e nasceu tardinho, 10 anos depois do apogeu de
David Bowie, deve ter achado tudo "incrível"... Só que "esse incrível" chega com gosto de passado. Sem falar que essa linguagem exageradamente literal (antifesta, anti-sexy) ficou chata, caricata... Será que as socialites de Belô, ainda assim, vão adorar? E o jet set paulista? E aquelas cariocas que vivem rondando o Fashion Rio (em plena quinquazérrima cirurgia plástica), será que vão reprisar??
Atention, please/please, o perigo anda solto em muitas passarelas. Vai daí que investir na ultimíssima bolsa da temporada, ou se amarrar na ultimíssima écharpe, nem sempre ou quase nunca é passaporte internacional de "
good taste".
Darling, vê se "manera" no crocodilo, porque - se deixar rolar - o bicho pega, o bicho come...