O PEQUENO MUSEU CASEIRO DE MARÍLIA PÊRA

LEMBRANÇAS E OBJETOS DA VITORIOSA CARREIRA DE 60 ANOS DECORAM OS AMBIENTES

Redação Publicado em 26/02/2008, às 15h14

O PEQUENO MUSEU CASEIRO DE MARÍLIA PÊRA - Cadu Pilotto
por Ana Silvia Mineiro A cobertura onde Marília Pêra (65) mora no Rio é definida por ela como "um pequeno museu". Lembranças dos 60 anos de carreira e da trajetória da família de artistas - a avó Antônia Marzullo (1894-1969), o tio Abel Pêra (1891-1975), os pais Dinorah Marzullo (88) e Manuel Pêra (1893-1967), a irmã Sandra Pêra (53), os filhos Ricardo Graça Mello (43), do casamento com Paulo Graça Mello, morto em 1969, Nina Morena (27) e Esperança Motta (32), com o escritor Nelson Motta (63), e a sobrinha Amora, filha de Sandra - espalham-se nos ambientes em fotos, vídeos e discos. Na casa, um quarto foi reservado só para figurinos das peças em que trabalhou, cerca de 60. Mas não é só isso. "Guardo tudo o que ganho dos amigos e sei o que cada um deu. Esse arranjo de trigo, por exemplo, foi presente da Cássia Kiss pelo meu trabalho em Mademoiselle Chanel (em cartaz de 2004 a 2007)", recorda a diva do teatro, apontando para um vaso que enfeita a sala. Apaixonada pelo trabalho, Marília vibra com a estréia na sexta, 29, do filme Polaróides Urbanas, dirigido por Miguel Falabella (51). Na comédia, ela interpreta as gêmeas Magali, dona-de-casa reprimida que vai fazer terapia, e Magda, a irmã 'espaçosa'. - Alguma identificação sua com essas personagens? - Com a Magda, não mesmo. (risos). Com a Magali, não sei, talvez alguma fragilidade. O Miguel consegue mostrar com sensibilidade a alma das mulheres. Devo a ele minha primeira direção em teatro, há 30 anos, na peça infantil A Menina e o Vento, da Maria Clara Machado. Agora, estou na estréia dele atrás das câmeras. - Mas, como a Magali, você recentemente procurou um terapeuta, quando foi diagnosticada com síndrome do pânico. - Fiz terapia várias vezes e parei. Quando comecei a ter sensações esquisitas, palpitações, fiz exames e não deu nada. Foi uma tia do Bruno (o produtor de cinema Bruno Faria, com quem ela é casada há dez anos) que deu a dica. Então, voltei a procurar o terapeuta. Pensava que pânico era medo de algo ruim, de sair na rua, mas isso é só conseqüência de viver numa cidade abandonada, como o Rio. A explicação que deram da síndrome é que, por algum motivo, o inconsciente remete a abandono na infância. Outra corrente diz que é falta de elemento químico e tem que tomar remédio. Até descobrir, sofre-se muito fisicamente. - Você está em Duas Caras, vai lançar o livro Cartas a Uma Jovem Atriz e dirige a peça Doce Deleite, que estréia em maio. Os projetos vão até setembro. Gosta de vida movimentada? - Gosto de ficar sozinha, não abandonada, porque aí é terrível. Estou sempre lendo, planejando. Quase não vou a festa, não tenho necessidade do tumulto. Sou é artista e, graças a Deus, recebo muitos convites profissionais. O trabalho pode ser estafante, mas é uma grande brincadeira. - E o lazer? - Reservo tempo para os meus filhos e o Bruno. No fim de maio, quero ir a Londres e Paris assistir a peças e óperas. Uma viagem de dez dias me recarrega por um ano. - Você quer netos logo? - Bebê é bonitinho, mas meus filhos estão cuidando da vida profissional agora. Gostaria de ter netos para ser a mãe intelectual deles. - Como assim? - Ouviria mais do que falaria. Deixaria que florescessem do jeito que fossem. Pais se preocupam em educar e, às vezes, deseducam. - Você deseducou os seus? - Também deseduquei (risos). Eu e todo mundo. Mas sou boa mãe. - Recentemente, publicaram que você foi convidada para posar em uma revista masculina e disse não. É verdade? - (Risos) Eu li, mas não é verdade. Fui convidada quando era novinha e há uns três, quatro anos. Já fiquei nua em cena porque precisava, mas não teria coragem de posar assim, por dinheiro, numa revista. Embora a gente seja meio índio, não tenho essa cancha de ficar nua com facilidade.
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