Uma experiência que
Daniella Cicarelli (29) jamais vai esquecer. Durante três dias, a modelo e apresentadora da Band trocou o conforto da vida em São Paulo por aventuras super-radicais na região amazônica, ao lado de militares do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), para gravar seu programa
Quem Pode Mais? Com uniforme do Exército brasileiro que a identificava apenas como Cicarelli e pintura para camuflagem no rosto, ela recebeu missões para treinamento de combate do comandante do Cigs, tenente-coronel
Antônio Manuel de Barros (46).
As suas tarefas incluíam atravessar o rio Mainá à noite, pular de uma plataforma de cerca de 2m de altura em um tanque com 6m de profundidade, fazer rapel em helicóptero e sobrevoar a floresta içada a uma corda a 400m do chão. "
Tenho pânico de altura. Moro no 12º andar de um prédio e não tenho coragem de chegar perto da minha janela", desabafou para o oficial. "
Dá para pedir para sair?", perguntou ela ao comandante Barros, usando a famosa expressão do personagem capitão Nascimento, do filme
Tropa de Elite (2007). "
Se quiser tem que ser agora, porque depois não tem mais conversa", decretou o militar.
No meio da mata, por volta da meia-noite, a 'soldado' Cicarelli cumpriu mais uma ordem determinada por seus instrutores: atirar em alvos espalhados na região com óculos de visão noturna. A arma usada, um fuzil parafal calibre 7,62, pesava 4,5kg. "
O tranco dessa arma é impressionante", contou a apresentadora, que de 20 tiros só conseguiu acertar 4.
Após a experiência, Daniella foi liberada para dormir às 3h da manhã em uma rede na floresta e acordou três horas depois com a explosão de uma granada. "
Que delicadeza! Esse despertador é muito fofo", brincou ela, preparando-se para o frugal café da manhã com frutas colhidas na selva. Em seguida, mais uma missão arriscada: destruir instalações clandestinas. Camuflada como os outros militares, a apresentadora foi responsável por lançar granadas e pela carga de munição. "
Foi uma adrenalina que eu nunca senti igual", descreveu Cicarelli, que teve como última missão explodir uma casa às margens do rio Mainá. Com um minuto e meio para evacuar a área e se afastar do local, ela cumpriu com louvor as ordens. "
Eu descobri o meu dom: explodir casas", divertiu-se ela. "
Entrei em êxtase. Não sei mais como vou achar emoção quando voltar para casa. Tenho que vir ao Cigs uma vez por mês", disse ela ao grupo que a acompanhou na aventura.
No fim das ações na selva, a modelo recebeu um certificado do Cigs com as atividades realizadas por ela. "
O treinamento mudou minha vida, me fez deixar de lado algumas frescuras, superar medos e entender o real sentido do espírito de equipe", agradeceu Daniella.