Em tempos atribulados,
Bento XVI (80) comandou as celebrações da Semana Santa em Roma levando aos católicos palavras de fé ao mesmo tempo em que pedia pela solução dos conflitos ao redor do globo. Na quinta-feira, na Basílica de São João de Latrão, o papa lavou os pés de 12 sacerdotes, seguindo a tradição cristã que relembra o gesto de Jesus Cristo com seus apóstolos.
"Dia após dia nos cobrimos de sujeira, de palavras vazias, de preconceitos... O ato de lavar os pés significa o poder de nos lavarmos sempre de novo, por meio das palavras de Jesus, que servem para a purificação da alma", explicou o sumo pontífice na cerimônia. No domingo de Páscoa, durante a bênção Urbi et Orbi (para a cidade e para o mundo), na Praça de São Pedro, Bento XVI falou das
"chagas da humanidade, abertas e doentes em todos os cantos do planeta", incentivando a busca por soluções que
"salvaguardem o bem e a paz" e citando Tibete, Oriente Médio, Iraque, Darfur e Somália. Durante a festa cristã, o Vaticano ainda refutou declarações atribuídas a
Osama Bin Laden (50), que na semana passada teria acusado o papa de liderar "nova cruzada" contra o islamismo. Apesar dos esforços, o embate com o líder da Al-Qaeda parece longe do fim, e um novo capítulo pode pôr mais lenha na fogueira: o batismo, na Páscoa, de
Magdi Allam (55), jornalista italiano de origem muçulmana, que se converteu ao catolicismo.