Quem acompanha a trajetória desta simpática e criativa família italiana já deve ter percebido que, ao contrário do que se pode pensar, não há mesmo limites quando o assunto é tricô e estampas. Depois de apostar em um verão de cores intensas sob uma atmosfera tribal, a marca quebra paradigmas com uma coleção cheia de bons motivos para investir nos tons pastel. A cartela queridinha das românticas de plantão ganha status transgressor graças à mistura de materiais e aos acessórios pesados. Estamos diante de uma mulher que consegue reunir em uma só produção três elementos bem atraentes: atitude, conforto e sex-appeal. Afinal, quem não quer parecer única dentro de uma roupa? A marca também avaliza a proposta das silhuetas alongadas com modelagens amplas, tão discutida nesta temporada. Trata-se de uma produção perigosa para as mais baixas, especialmente nos casos em que os tops largões ultrapassam a linha dos quadris. Nestes casos, os casacos curtos que revelam o cós das saias são as melhores escolhas. O desfile também nos faz repensar o conceito de feminilidade, com suas leves sobreposições de estampas e tecidos, arrematados por um make austero de jeitinho retrô. Destacam-se os maximantôs de phyton, as alegres combinações dos xadrezes e os cardigãs fechados fazendo as vezes de camisas. Sem falar na versão divertida das biker boots em patchwork - indispensáveis para criar este efeito sweet grunge. Provocar o nosso olhar automatizado é uma das principais funções da moda. Subverter o esperado e renovar os clássicos poderia ser um problema para uma marca familiar e tradicional, certo? No contexto desta árvore genealógica, o conflito de gerações é mais que bem-vindo.