LUIZA VALDETARO: A CASA, A INTIMIDADE E AS PAIXÕES

por Carlos Lima Costa Apesar de ser apaixonada por criança, Luiza Valdetaro (22) não imaginava que fosse experimentar a maternidade tão jovem. Mas o envolvimento com Alberto Blanco (40), empresário do ramo de telecomunicações, iniciado no réveillon de 2005 para 2006, fez com que a atriz mudasse de idéia. Há quatro meses, em 13 de março, deu à luz Maria Luiza, que, coincidentemente, nasceu no dia do aniversário do pai. "Cantamos parabéns na sala de parto", recorda ela, afastada da TV desde a participação na novela Pé na Jaca, em 2007. Além do carinho dos pais, o bebê é extremamente mimado por Alicia (9) e Isabela (7) - do casamento de Alberto com a analista financeira Sandra Mara Ribeiro Blanco (40) -, que moram uma semana com eles e outra com a mãe. A atriz e as enteadas mantêm uma relação pontuada por extremo carinho. O entendimento, inclusive, foi crucial para a aproximação dela e de Alberto. "O que mais me encantou na Luiza foi a maneira como brincou e interagiu com minhas filhas, que sempre foram as coisas mais importantes", ressalta. Quem olha para Luiza nem diz que a atriz foi mãe recentemente. Um mês após o nascimento da filha, ela, naturalmente, já havia perdido os sete quilos e meio que ganhara durante a gravidez e voltado aos habituais 50, em 1,67m de altura. A boa forma traduz a rotina agitada da atriz. Além das crianças, foi ela que cuidou da obra e da decoração da casa de 600 metros quadrados de área construída, no Itanhangá, Rio, para a qual se mudou no início da gravidez. "Isso aqui era muito diferente. Tudo era bem fechado, nós abrimos e colocamos vidros. Viramos meio que arquitetos, peões", conta a atriz, ressaltando que no quarto de Maria Luiza ela mesma pôs as prateleiras. "Quem quiser pregar um prego, furar, levantar parede, trocar encanamento, pode me chamar, estou expert", diverte-se ela. - A gravidez foi planejada? Luiza - Foi. Mas antes da Maria Luiza eu já era mãe. Cuidava da Alicia e da Isabela. Eu as conheci, inclusive, antes do meu marido. Elas nos aproximaram. - Como aconteceu? Luiza - Era Ano-Novo de 2005 para 2006. Minha família toda tinha viajado para longe e eu não pude ir. Estava em uma lancha, em Angra, um pouco deslocada. Quando vi Alicia e Isabela na água, me deu vontade de brincar com elas. A partir daí conheci o Beto, começamos a conversar. Após uma semana, já estávamos morando juntos e em dezembro de 2006 oficializamos a relação. Alberto - Antes de as meninas nos apresentarem, já tinha visto a Luiza e pensado: vou casar com esta mulher. E, desde o início da relação, queríamos aumentar a família. Nossa filha é a continuidade da história que construímos. Luiza - Adoro criança. Eu e Beto estamos em fase de negociação. Daqui a um tempo vou querer outros filhos. Mas agora tenho que trabalhar um pouco. Não dá para ficar só de parideira. - Alberto ajuda? Luiza - Isso também me motiva a ser mãe outras vezes. Ele curte criança em todas fases. Foi quem deu o primeiro banho. Beto troca fralda, faz tudo. Quando está em casa, a põe deitada sobre o peito. É impressionante! Ela pode estar chorando, do jeito que for, que acalma, esquece de mamar e fica ali dormindo. Mas Maria Luiza é tranqüila, só chora por fome. - A experiência dele ajuda? Luiza - Ele me acalma pelo temperamento. Beto é extremamente tranqüilo. Quero, literalmente, educar desde o berço. Aí ele vem e diz: princesa, é só uma manha, não seja tão rigorosa. Acho que foi exatamente isso que o nascimento da Maria Luiza me trouxe, instinto e sentimento de proteção. A primeira vez que cheguei em um ambiente com ela e tinha cheiro de cigarro, virei uma leoa, sai cuspindo fogo do lugar. Era uma angústia misturada com raiva. - Um bebê requer atenção. Alicia e Isabela sentem ciúme? Luiza - Tive essa preocupação. O recém-nascido solicita muito, mama de três em três horas. Então, tento manter antigos hábitos, como contar histórias antes de dormir. Eu sou apaixonada pelas duas meninas, que curtiram a gravidez e amam a irmã. - O que Maria Luiza acrescentou à relação do casal? Luiza - Filho é especial. Quando você acha que não é capaz de amar mais, ele nasce e você expande. É como se o coração aumentasse. Então, já tinha muito amor pelo Beto e as meninas. E expandi a capacidade de amar. Tenho mais motivos para sorrir. - Qual segredo para tanta alegria e felicidade? Luiza - Casamento é admiração. Não tem uma outra coisa que sustente. Eu amo e admiro Beto em tudo, como pai, marido, profissional. Alberto - É bom dormir e acordar do lado dela, que tem todas as qualidades. É carinhosa, divertida, engraçada, está sempre de bom humor, topa qualquer situação. O dia-a-dia é muito leve. - E a diferença de idade? Luiza - Ele é maduro, já viveu, viajou, tem experiência, é feliz, de bem com a vida, gosta de pegar onda no Havaí. Aprendo com ele sobre a leveza da vida. Sou mais caxias, cobro as coisas.