‘Unlawful Killing’, que estreia nesta sexta-feira, 13, no Festival de Cannes, joga polêmica em cima da misteriosa morte de Lady Di. Documentário acusa família Real de assassinato e traz imagens da princesa morta
Nesta sexta-feira, 13, uma obra polêmica promete assolar jornalistas, críticos e o público em geral na noite de estreias do Festival de Cannes, na riviera francesa. O documentário
Unlawful Killing, dirigido pelo cineasta
Keith Allen (pai da cantora
Lily Allen), deve chocar com novas constatações sobre o trágico acidente de carro que matou a princesa
Diana no ano de 1997, em Paris.
Imagens inéditas, documentos e entrevistas compõe o longa-metragem que questiona se Lady Di morreu mesmo por conta de um acidente. Quem está por trás desta produção é o multimilionário egípcio
Mohammed Fayed, pai de
Dodi al Fayed - namorado de Diana na época e que também faleceu no ocorrido. Não é de hoje que Fayed tenta comprovar que a morte do casal foi, na verdade, um assassinato encomendado pela própria Família Real; mais precisamente, pelo príncipe
Philip, marido da rainha
Elizabeth II. O príncipe
Charles, com quem Diana era casada, também estaria envolvido de acordo com o documentário.
A acusação é tão séria que
Unlawful Killing sofrerá cortes em sua edição nas cópias que rodarão pelo Reino Unido. Uma das cenas que deverá ser retirada é uma foto inédita que mostra o corpo de Diana logo após o acidente. Outra sequência bem polêmica do filme é a leitura de uma carta em que a princesa declara, alguns anos antes de seu falecimento, que estava com medo de morrer.
Veja trailer:
Brasil em Cannes
Na quinta-feira, 12, o Brasil exibiu seu primeiro longa, dos quatro que estão prometidos na programação, na mostra
Um Certo Olhar.
Trabalhar Cansa, dos diretores estreantes
Marco Dutra e
Juliana Rojas, foi exibido em sessão lotada, trazendo prestígio ao cinema brasileiro.
Na trama, envolta de mistérios, a dona de casa Helena (
Helena Albergaria) resolve abrir um mercado depois que seu marido, Otávio (
Marat Descartes), perde seu emprego. O filme aborda a questão do desemprego e analisa as classes desfavoráveis de São Paulo.
Trabalhar Cansa compete pelos prêmios desta mostra - em que o cineasta sérvio
Emir Kusturica preside o júri - ao lado de nomes como
Gus Van Sant, que exibe seu novo longa,
Restless, com o filho do ator
Dennis Hopper (
Henry Hopper) e a atriz
Mia Wasikowska (a Alice da adaptação
Alice no País das Maravilhas, de
Tim Burton) no elenco principal. A história gira em torno de um garoto que aprecia frequentar velórios, e de sua amiga que sofre de um câncer terminal.
O Brasil ainda será representado por
O Abismo Prateado, de
Karim Aïnouz, com
Alessandra Negrini no elenco (a atriz já está no festival para lançar a obra), na mostra
Quinzena dos Realizadores - que tem enfoque em jovens cineastas - além de
Permanências, de
Ricardo Alves Júnior, e o curta-metragem
Duelo Antes da Noite, de
Alice Furtado.