por Andréa Dantas
Uma das estrelas mais sensuais de Hollywood, a atriz, produtora e diretora
Salma Hayek (40) foi o centro das atenções da festa com que a Campari, uma das maiores marcas de bebida do mundo, lançou seu calendário 2007 e sua nova campanha publicitária. Um palácio histórico de Milão foi transformado, por uma exclusiva noite, no Hotel Campari, com salas ricamente decoradas para o evento que reuniu 1 500 pessoas.
"Salma representa sobretudo paixão, mas também vigor, ousadia, inteligência, exuberância, e é considerada a essência de poder e sedução. Por tudo isso foi escolhida para interpretar nosso slogan
, Red Passion", explicou, entusiasmado,
Robert Kunze-Concewitz, diretor de marketing do grupo que produz a famosa bebida vermelha de travo amargo, combinação de mais de 50 ingredientes, como frutas e ervas, criada em 1860 por
Gaspare Campari - a fórmula vem sendo guardada, geração após geração, como segredo absoluto.
"Fico honrada por ter sido escolhida para representar uma marca que é umícone não só na Itália mas no mundo inteiro", agradeceu Salma, exuberante em longo Versace que ressaltava suas formas.
A nova campanha da italiana Campari não poderia ser mais globalizada: a estrela é mexicana, o diretor do filme - que estréia em janeiro de 2007 e foi rodado em Praga, na República Checa -,
Matthew Rolston, é americano, e as fotos do calendário foram feitas na capital francesa, pelo peruano
Mario Testino.
"Somos italianos mas estamos presentes em mais de 190 países, ou seja, somos do mundo", orgulhava-se
Enzo Visone, CEO da Campari. A história da marca, aliás, daria um filme. Gaspare Campari, no século XIX, deixou a família abastada para trabalhar como garçom em Milão. A bebida que viria a inventar o tornou milionário. Mais de um século depois, na década de 1990, a última descendente da família, sem herdeiros, doou todo o império ao CEO da época. É o filho deste que iniciou o atual e enorme crescimento mundial do grupo Campari. Depois da Itália, o Brasil é o maior consumidor do Campari original - e por aqui já se encontram várias outras das 60 bebidas que a empresa fabrica e comercializa, como o novo destilado de baixo teor alcoólico Aperol, o licor Frangelico, e o uísque escocês Glen Grant.
Muito à vontade, Salma Hayek circulava pelos salões recebendo elogios. Além de atriz de talento, como já mostrou em mais de 30 filmes, entre eles
Frida (2002) - longa que coproduziu e no qual interpretou a pintora
Frida Kahlo, performance pela qual foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz -, ela colhe louros na competitiva televisão americana. Produz um dos maiores sucessos da atual temporada, o seriado
Ugly Betty, baseado na telenovela latina
Betty, a Feia (já exibida no Brasil pelo SBT). E ainda faz participação especial.
Engajada em causas nobres, Salma mantém (pela Avon) a The Salma Hayek Foundation, que dá suporte às mulheres que são vítimas de violência.
"Nenhuma mulher tem que ser vítima", pontifica a estrela. Posições fortes fazem parte de seu cotidiano. Enquanto muitas colegas vivem às voltas com problemas com o peso, chegando aos extremos de bulimia ou anorexia, Salma está feliz com sua forma física, talvez volumosas demais para os padrões americanos.
"Tendo a ficar um pouco ranheta quando estou com fome. Então, prefiro ser um pouco mais rechonchuda e legal do que magra e ranheta", costuma repetir Salma Hayek. Aliás, assim que chegou ao Hotel Campari, acompanhada apenas por uma assessora - ela está sem namorado -, Salma disse que estava com fome e queria comer. Serviu-se de vários canapés. Ao sair da festa, quis jantar uma verdadeira pasta italiana. Em tempo: a estrela deixou o local levando não só um exemplar de seu calendário, mas também o livro
Rio de Janeiro Vista do Céu (Ed. CARAS), do fotógrafo
Sergio Zalis. Encantada com as belas imagens aéreas da Cidade Maravilhosa, declarou:
"Não vejo a hora de conhecer o Brasil". O convite foi feito - resta à ocupadíssima estrela achar tempo em sua agenda.
FOTOS: MARCOS ROSA E CAMPARI