por Juliana Saboia
A fama de galanteador é coisa do passado. Há cinco anos e dez meses, Fernando Vannucci (55), apresentador dos programas Rede TV! Esporte e Bola Na Rede, ambos da Rede TV!, encontrou sua alma gêmea: a atriz e também jornalista amazonense Alessandra Terra (35). "Ela é o meu porto seguro. Estou sossegado e feliz", diz o jornalista esportivo, pai de Maria Fernanda (34), veterinária, Fernando (30), médico, Frederico (25), jornalista, Antonio Henrique (22) e Julia (15), estudantes, todos frutos de relacionamentos anteriores.
Há um ano e quatro meses, o casal mora em um belo casarão de 500 m2, com quatro quartos, escritório e piscina, em Alphaville, condomínio de luxo na Grande SP. Com eles moram o filho de Alessandra, Tiago Taparelli (13), e dois cães: Robinho, da raça cocker spaniel, e Malú, vira-lata que foi um presente da apresentadora Luisa Mell (27), do programa Late Show. "Esta é uma casa compacta, integrada. Foi um boa escolha", analisa Alessandra, antes de servir uma paella, na mesa em frente ao bar Alô Você - jargão criado pelo comentarista esportivo na Copa do Mundo de 1986. Reduto predileto do casal, o bar foi onde os dois se sentaram para conceder esta entrevista exclusiva à CARAS.
- Como foi a escolha da casa?
Fernando - Depois de 26 anos de Rede Globo, fui para a Band e, há três anos, mudei para a Rede TV!, que fica em Alphaville. Na época, alugamos uma casa no condomínio para ver se nos acostumávamos a viver longe do agito da cidade. A experiência deu certo. O lugar é tranqüilo e sossegado. Tanto que, no início de 2005, compramos esta casa que considero aconchegante e gostosa.
Alessandra - Foi uma boa escolha porque é uma casa compacta, toda integrada. Quase não mexemos na construção original. Apenas transformamos uma pequena sala do andar superior em closet e construímos mais um banheiro na área de lazer, onde ficam o bar Alô Você, do Fernando, e o meu spa. Adoro uma banheira de hidromassagem e a usamos muito no verão. Aproveitamos os móveis do outro apartamento para compor a decoração. Alguns objetos trouxemos de viagens pelo mundo afora.
- O bar Alô Você é o canto preferido da casa?
Fernando - Aqui reúno os amigos. Apesar de não ser muito fã de cerveja, tenho uma coleção com mais de 300 latinhas. Os amigos sempre trazem de viagem. Este ano parei de fumar e comecei a me interessar por charutos e vinhos. Fazemos degustações por aqui.
Alessandra - O bar é gostoso porque fica ao lado da piscina. E nos fins de semana, adoro preparar almoços para familiares e amigos, com pratos típicos da minha terra. Todos se sentem muito à vontade aqui em casa, não tem frescura.
- Como vocês se conheceram?
Alessandra - Na verdade, nos conhecemos duas vezes. Primeiro em uma festa, no início de 2000. Eu estava indo embora, quando ele chegou e perguntou como fazia para me encontrar no dia seguinte. Desconfiada, pedi o telefone dele. E nunca liguei. Seis meses depois, voltamos a nos encontrar na festa de um amigo comum, o ator Eri Johnson. Sentamos na mesma mesa. Quando eu estava indo embora, o Fernando fez a mesma pergunta. Achei engraçado. Passamos a nos ver e seis meses depois já estávamos morando juntos. Logo em seguida, ele passou por uma cirurgia no coração, de correção na aorta, devido a um problema congênito. Como sou filha de um cirurgião cardiovascular, assisti à operação para que ele se sentisse seguro. Posso dizer que conheço o Fernando, literalmente, por dentro.
- Você tinha fama de namorador. Sossegou ao conhecê-la?
Fernando - Alessandra é o meu porto seguro. Com ela aprendi que um relacionamento tem muito mais a ver com carinho, respeito e cumplicidade do que, simplesmente, com atração. Me sinto seguro. E, apesar da diferença de idade, de quase 20 anos, ela é muito madura, tem uma experiência de vida impressionante e me aconselha. A Alê está sempre ao meu lado.
- Está animado para cobrir a Copa do Mundo?
Fernando - Ainda não sei se vou para a Alemanha ou se vamos fazer os programas especiais por aqui. Não fui à Copa de 2002, na Coréia e Japão, o que foi um sofrimento. Fiquei muito angustiado! Já cobri seis Copas do Mundo e sete Olimpíadas, em 32 anos de televisão. Em 2004, cobri pela primeira vez as Paraolimpíadas, na Grécia, ocasião em que o Brasil foi contemplado com 33 medalhas. Foi uma emoção única porque se trata da superação máxima do ser humano.
- Quais são suas apostas?
Fernando - O Brasil é o grande favorito, mas Copa do Mundo é uma caixa de surpresas. O Ronaldinho Gaúcho tem tudo para estourar. Ele está na melhor fase.
- Você tem algum sonho que ainda quer realizar?
Fernando - Quero demais escrever um livro sobre a minha vida. Comecei a trabalhar muito cedo, aos 14 anos, em uma rádio em Uberaba, Minas Gerais. Não sei se a escolha teve a ver com o meu pai, que era surdo e jogador de futebol amador. Além disso, meu avô era jornalista. Fui influenciado pelos dois. Enquanto eu tiver credibilidade e respeito do público, quero ser jornalista esportivo. E é um grande desafio passar minha experiência para uma emissora nova como a Rede TV!.