D. ZILDA ARNS VIAJA PELO NORTE BRASILEIRO

TRABALHO DE AMOR E FÉ DA INCANSÁVEL MÉDICA SANITARISTA COM COMUNIDADES CARENTES

Redação Publicado em 24/10/2007, às 16h30

Ela escreve na areia da praia do Rio Negro em São Gabriel da Cachoeira. - JADER DA ROCHA/RAVI STUDIO FOTOGRÁFICO
por Flávio Costa Avião, helicóptero, ônibus, automóvel, bicicleta. A pediatra e sanitarista Zilda Arns (73), coordenadora nacional da Pastoral da Criança, está acostumada a todos esses meios de transporte e mais alguns. "Lombo de burro, voadeira (pequena lancha rápida), a pé. Sempre há um jeito de chegar", diz ela. Zilda já andou muito pelo Brasil. Foram centenas de viagens desde que assumiu a coordenação da Pastoral, há 24 anos: "Perdi a conta, mas conheço capital, cidades grandes, cidades pequenas e cantinhos do interior de todos os Estados." O roteiro mais recente durou dez dias, incluiu três Estados - Pará, Amapá e Amazonas -, e teve inevitável tom de despedida. Zilda deixará a coordenação da Pastoral no início de 2008. A agenda foi apertada. Começou por Belém, passou por Castanhal e Bragança, no Pará, seguiu para Macapá, no Amapá, e, no Amazonas, Manaus e São Gabriel da Cachoeira. Foram mais de 4 000 quilômetros em automóvel, avião e barco para acompanhar o trabalho da Pastoral - que distribui soro caseiro e cuida da saúde de crianças carentes em todo o Brasil -, visitar velhos amigos e, no intervalo, receber uma homenagem: na Câmara de Vereadores de Macapá, ganhou o título de Cidadã Honorária. Em Bragança, no Pará, ajudou a pesar crianças. No Amapá, visitou a favela de Mucajá, reuniuse com o governador Antônio Waldez Góes (44) e, ao lado do bispo de Macapá, dom Pedro José Conti (57), tirou fotos no marco zero da linha do Equador, que cruza a cidade. No Amazonas, viajou de voadeira pelo Rio Negro para encontrar uma tribo de tapajós, com quem jogou vôlei - a médica praticou o esporte na juventude. A rotina da viagem foi exaustiva. Zilda acorda cedo, às 5h30. "O café da manhã é minha principal refeição e gosto de me alimentar com calma", explica. São pelo menos quatro bananas - que ela adora -, suco de laranja, pães. Às 6h30, missa. Antes das 8h começa a agenda de visitas, encontros, palestras. Em Bragança, no Pará, falou para 10 000 pessoas em um ginásio de esportes lotado por participantes da Pastoral, estudantes das escolas locais e comunidade. Gosta de dormir cedo, mas não consegue ir para a cama antes das 23h. "Nas viagens, sempre há mais um compromisso, e eu vou a todos", diz ela. O próximo destino da médica é um pouquinho mais longe. Zilda foi convidada para apresentar a experiência da Pastoral na China. "Adoro viajar, só dá um friozinho na barriga quando o avião enfrenta alguma turbulência. Ainda não me acostumei", confessa.
Arquivo

Leia também

Marido de Isadora Ribeiro morre após sofrer infarto no Rio de Janeiro

Drake tem cartão de crédito recusado durante live: ‘Vergonhoso’

BBB 23: Key Alves diz que nunca leu um livro na vida: "ficava nervosa"

Matheus Yurley tem casa roubada e ameaça: "Não vai passar batido"

Priscilla Alcantara abre álbum de fotos e arranca elogios: ‘Sempre mais legal’

Diretor de 'Travessia' comenta críticas sobre performance de Jade Picon: "normal"