por Angie Diniz
Entre móveis, porcelanas, pratarias e quadros, que serão leiloados até sábado, 17, por
Evandro Carneiro (61) no Atlântica Business Center, Rio, d.
Lily Marinho (87) se deteve diante da cômoda-papeleira em jacarandá, do século XVIII/XIX, avaliada em 62 000 reais, e se emocionou. "
Adorava participar de leilões. E essa foi a peça que mais disputei. Tinha certeza de que seria minha", contou na exposição dos objetos à venda. "
Me dá vontade de comprar tudo de novo", disse a dama da sociedade carioca diante da tela do século XVIII
Composição com Figuras, Peixes e Frutos do Mar (9200 reais), de
Jean Bonté, e do seu retrato pintado em 1961 por
Dimitri Ismailovitch (1892-1976), preço inicial de 26000 reais. As peças, mais de 2000 estimadas em 15 milhões de reais, estavam em duas fazendas em Conservatória e Vassouras, RJ, e em um apartamento na Av. Atlântica, em Copacabana. "
Estou espantada como tudo isso cabia nas minhas fazendas", comentou Lily, que foi casada com
Horácio de Carvalho morto em 1983, dono do antigo jornal
Diário Carioca, e
Roberto Marinho (1904-2003), das Organizações Globo.
A socialite também resolveu se desfazer em leilão na Sotheby's de Genebra, Suíça, de jóias - 60 lotes, no total de cerca de 17 milhões de reais. Uma delas, presente do último marido, é um par de brincos de diamantes com pingente em forma de pêra de 20 quilates. "
Não posso dizer que seja uma alegria vendê- las, mas é por boa causa. Quero ficar tranqüila de saber que, após minha morte, não terá briga por herança. Acho que só tenho mais três anos de vida. Pensei no meu filho e netos", disse a mãe de
João Baptista (44) e avó de
Philippe (21),
Gabriel (11),
Anthony (10) e João (4), acompanhada do ortopedista
Carlos Giesta (71) e dos montadores da exposição,
Porphírio Lopes (71) e
Darcancy Teixeira (55). O dinheiro arrecadado será gerido por um banco para garantir o futuro do clã. "
São mais de 60 anos da história de Lily leiloados", lembrou o amigo
Romaric Büel (53).