Crianças devem tomar a vacina contra pólio no próximo sábado

Cilmara Polido Garcia Publicado em 14/06/2007, às 11h17

Cilmara Polido Garcia -
Acontece no sábado, dia 16, em todo o país a primeira etapa da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite em 2007. A segunda será em 25 de agosto. Como ocorre há 28 anos, haverá postos fixos e volantes em todos os municípios brasileiros. Em São Paulo, cerca de 18 mil unidades fixas e volantes funcionarão das 8h00 às 17h00. A meta da Secretaria de Estado da Saúde é vacinar pelo menos 3,1 milhões dos 3,2 milhões de crianças com menos de 5 anos. A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença infecciosa grave causada pelo polivírus, do grupo dos enterovírus, que infectam o intestino humano. Pode ser evitada com uma vacina de administração oral. Aspecto importante da vacina é que proporciona imunidade em toda a população. A explicação é a seguinte: a vacinaé feita de vírus "enfraquecido". As crianças ingerem a substância e, por meio das fezes, espalham o vírus vacinal na natureza. Ele é adquirido pela população e, como não tem "força" para causar a doença, leva o organismo a criar apenas anticorpos, ou capacidade de se defender do poliovírus. A vacina faz parte do calendário oficial da rede pública.Acriança deve ser imunizada aos 2, aos 4 e aos 6 meses. Ela precisa tomar mais duas doses de reforço: a primeira com 1 ano e a segunda com 5 anos. É fundamental repetir a vacina nas duas campanhas anuais, pois isso aumenta a proteção. A população adulta não deve se preocupar, pois com certeza a maioria já foi vacinada. Afinal, já são mais de duas décadas de campanhas de vacinação. Adultos que vieram viver aqui precisam se preocupar quando vão viajar para a África e a Ásia, onde ainda há pólio. Os países de maior incidência são Nigéria (África), Índia, Paquistão e Afeganistão (Ásia). O ideal, se não sabem se foram imunizados e vão viajar para lá, é que procurem os Ambulatórios para Viajantes e se orientem com um médico. Mantêm-se as campanhas de vacinação, como se vê, pois existe o risco de o vírus ser trazido das regiões onde ainda há a doença e causar a pólio em crianças não vacinadas no Brasil. A vacina é segura e os efeitos colaterais são raros. A meta da Organização Mundial de Saúde é erradicar a pólio do planeta até 2008. As Américas foram o primeiro continente a concretizar esse objetivo, no final da década de 1980. A Europa erradicou a pólio mais recentemente. No Brasil, os últimos casos se registraram no Rio Grande do Norte e na Paraíba. No Estado de São Paulo, a última ocorrência foi em 1988, na cidade de Teodoro Sampaio. A transmissão pode ocorrer de pessoa a pessoa, através das secreções do nariz e da garganta, ou de objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores. De 90% a 95% das pessoas não têm sintomas ou apresentam só um quadro de febre inespecífica. De 1% a 1,5%, porém, desenvolvem a forma paralítica da doença, que costuma se apresentar de forma assimétrica, atingindo principalmente membros inferiores e grandes grupos musculares. O vírus mata os neurônios motores na medula espinhal, levando à perda dos movimentos. Pode atacar também o centro controlador da respiração, o que às vezes é fatal. Recentemente se descobriu uma doença que ameaça, décadas mais tarde, quem teve pólio:é a síndrome pós-poliomielite. É uma nova forma de paralisia, por excesso de sobrecarga nos neurônios não atingidos da primeira vez. Os sintomas são: mal-estar, fraqueza muscular, dores musculares e nas articulações, fadiga durante atividades habituais, dificuldades respiratórias. Quem tiver esses sintomas deve consultar os mesmos centros de reabilitação onde se trataram da paralisia infantil.
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