GLOBO UNE EQUIPE E CONVIDADOS EM RECEPÇÃO COM TRILHA SONORA, EXPOSIÇÃO E DÉCOR QUE REMETE À ÉPOCA DA TRAMA, ANOS 1970 E 80
por Carolina Decresci
e Cíntia Andrade
O clima de fraternidade imperou no Memorial da América Latina, em São Paulo, na festa de lançamento da minissérie global Queridos Amigos, de
Maria Adelaide Amaral (65), que estreou segunda- feira, 18.
"Esta festa é para os meus queridos amigos", vibrou a autora, enfatizando o título da obra e gente que admira como
Fernanda Montenegro (78) e
Nathalia Timberg (78), que relembraram os tempos da ditadura militar durante a gravação da trama, que se passa na década de 1980.
"Sofri muita repressão de caráter intelectual. Em um período de cinco anos, tive umas 15 peças censuradas", revelou Fernanda, que, para viver Iraci, assídua freqüentadora de bailes de mambo, fez aulas na academia de dança de
Carlinhos de Jesus (55). Já, quanto à expectativa de ter mais um neto - filho da atriz
Fernanda Torres (42), mãe de
Joaquim (8) e grávida de sete meses do 2º menino -, ela foi econômica:
"Só posso dizer que é uma grande alegria".
Linda em míni preto com apliques em dourado, da estilista
Fábia Bercsek (29),
Débora Bloch (44) mostrou que, para ela, é fundamental ter com quem contar.
"Uma das coisas que mais prezo em minha vida são os meus amigos", disse a atriz, que circulou sem o namorado, o artista plástico
Bernardo Pinheiro (26), e preferiu se calar sobre o romance de cerca de três meses.
Já o ator
Tarcísio Filho (41) e a mulher, a cantora
Luzia Dvorek (27), só faziam exaltar o amor que sentem um pelo outro.
"Ela é uma pessoa especial que sempre está ao meu lado", derreteu-se Tarcísio, referindo-se à amada, linda em um longo by
Fafá Oliveira (34).
"Hoje as pessoas se apegam a coisas pequenas da vida e acham uma tolice contar com amigos", completou o ator, apoiado pelo colega
Matheus Nachtergaele (39).
"Acho impossível combater o individualismo da sociedade moderna com as nossas histórias na minissérie, mas pelo menos faremos as pessoas pensarem mais no coletivo", ressaltou Matheus, que passou um mês confinado com os companheiros de elenco antes das gravações. Tudo para que a equipe se ambientasse ao período retratado na trama, e para reforçar os laços afetivos do elenco.
E foi justamente essa união a fórmula encontrada por
Dan Stulbach (37) para vencer a sua timidez e assumir o papel de protagonista da história.
"Ficamos amigos de verdade e isso ajudou muito nas gravações, ainda mais para mim, que sou supertímido", revelou o intérprete de Léo, que, ao descobrir que sofre de esclerose múltipla, promove um reencontro dos amigos.
"É o personagem mais difícil da minha carreira, por ser um tema complexo", confessou Dan.
A cenografia de
Chris Ayrosa (52) reforçou os ares de nacionalismo e de amizade da festa. No salão principal, ela apostou em móveis
clean, flores brancas e piso estampado com as cores da bandeira do Brasil. Além disso, para contextualizar o ambiente comemorativo com o período tratado na minissérie, foram expostas obras de arte produzidas nas décadas de 1970 e 80, sob a curadoria de
Denise Mattar (59).