por Luciana Marques
Afastada da TV desde a novela
Celebridade, em 2004,
Joana Limaverde (32) manda aviso direto de Miami Beach:
"Quero voltar logo a atuar, produzir. Me sinto pronta", garantiu a atriz, após participar do Festival de Cinema Brasileiro de Miami. O longo período de 'exílio voluntário' não foi por falta de convites de trabalho, mas pela opção de se dedicar à maternidade. Em 2005, ela teve
Sophia (2), sua primeira filha com o modelo
Caíque Lorenzo (35).
"Esse tempo com ela foi uma bênção. Pude me dedicar de corpo e alma a este universo novo, virar mãe, esposa, dona de casa", completou.
Com 16 anos de carreira e 12 novelas, Joana aproveitou o tempo livre para se aventurar em projetos por trás das câmeras. Formada em cinema pela Universidade Gama Filho, no Rio, ela produziu e dirigiu o curta de ficção científica
Tempo Real. Sua mais nova empreitada, junto com o marido, é a criação de um programa sobre ecologia para a TV.
"É bom conhecer o lado do diretor, do roteirista. Você não fica fechado em seu mundinho de ator, porque muitas vezes o ego acaba abafando a parte artística, você esquece que está ali para contribuir com uma obra", ensina.
- Ficar tanto tempo afastada da TV foi uma decisão correta?
- Esse período também foi importante para o meu crescimento pessoal. Ser mãe era um projeto de muito tempo. E aconteceu na idade certa, aos 30 anos. Foi em uma época em que pude me dedicar à maternidade, sem me preocupar que ficaria fora do ar durante tanto tempo. Pude fazer isso com o coração. Mas, agora, Sophia já está grandinha, na escola, bem serelepe. É a hora certa para voltar.
- O que você mais gosta nesta fase de Sophia?
- Ela está aprendendo a falar, escolhendo as coisas que quer fazer, comer, está cheia de opinião. É uma idade deliciosa, de descobertas.
- Com quem ela se parece?
- Sophia tem uma personalidade muito dela, forte. E nessa questão ela realmente não puxou nem a mim nem ao Caíque.
- Pensam em outro filho?
- Daqui um tempo, quem sabe. Agora minha prioridade é voltar ao mercado de trabalho.
- Que tipo de pai é o Caíque?
- Um paizão. Para toda a obra (
risos). Está sempre por perto. Inclusive, ficou com Sophia para que eu pudesse vir a Miami. É a primeira vez que passo tanto tempo longe dela, é bem difícil. Joana, que descansa após passeio na Av. Collins, revela que os últimos quatro anos foram fundamentais para seu crescimento pessoal.
- O que mudou na relação de vocês com a chegada de Sophia?
- É complicado. Às vezes, dá uns 'tilts'. É muita informação nova, tem que se dedicar à criança. O relacionamento sofre um pouco. Mas tudo é uma conquista diária. A gente vai ajeitando as coisas para que nada fique em segundo plano. Conseguimos um espaço para o casal. Mas isso vem com o tempo. Caíque passou numa boa, tanto que está até hoje comigo.
- São cinco anos juntos. Pensam em oficializar a união?
- Talvez seja importante assinar um papel. Mas depende muito da fase da vida das pessoas. Neste momento não é a nossa prioridade. Pode ser que daqui a uns anos a gente sinta necessidade disso.
- Teve alguma crise dos 30?
- Quatro dias depois que fiz aniversário, tive a Sophia. Nem deu tempo de pensar em crise. Dizem que esta fase é melhor do que a dos 20, concordo. A gente se sente mais segura, não cai em tanta roubada. Talvez não tenha a mesma energia, mas não sinto saudades dos meus 20 aninhos.