A Boda da Década

Redação Publicado em 03/05/2011, às 12h22 - Atualizado em 04/05/2011, às 04h08

Kate encanta com o longo de renda e seda. Pippa segura a cauda ricamente bordada. - Reuters
Guardado como segredo de Estado, o vestido de Kate Middleton (29) só se revelou na chegada dela à Abadia de Westminster. No momento em que o mundo suspirava com a elegância da futura mulher do príncipe William (28), foco na eleita para a missão: Sarah Burton (36), hoje diretora criativa da grife homônima do londrino Alexander McQueen (1969-2010). Em tom off white, corset com sobreposição de renda inglesa e renda chantilly francesa, saia evasê com largas pregas de cetim de seda e arremate nas costas com delicados 58 botões, o modelo de beleza atemporal traz ricos detalhes e inspiração clássica. Produzido na Escola Real de Bordado, em Hampton Court, o longo levou semanas para ficar pronto. A cada três horas as bordadeiras lavavam as mãos e trocavam agulhas para garantir a precisão dos apliques de renda. Coube à irmã da noiva e madrinha, Philippa Charlotte Middleton (27), a Pippa, segurar a cauda de majestosos 2,70m. Com o irmão, Harry (26), o príncipe William (28) deixou a sua residência oficial, Clarence House, às 10h13, em direção à Abadia de Westminster. No luxuoso Bentley, a dupla prestava continências e acenava ao público no trajeto que durou cinco minutos. Às 10h51, foi a vez de Kate Middleton (29), com o pai, Michael Middleton (61), deixar o Goring Hotel, onde passou a última noite de solteira. Os fãs tiveram pequena amostra da elegância da noiva pelas janelas do Rolls-Royce Phantom VI, presenteado à rainha Elizabeth II (85) em 1978. Em respeito ao rigoroso protocolo da realeza britânica, Kate Middleton (29) não atrasou um minuto sequer para a sua boda. Ao chegar à Abadia de Westminster, às 11h, a noiva seguiu diretamente para a porta de entrada e rapidamente recebeu os derradeiros retoques no véu e na cauda do vestido. Demonstrando surpreendente tranquilidade, ela iniciou a jornada pela nave até o altar logo atrás do arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, conduzida pelo pai, o empresário Michael Middleton (61). De pé, os cerca de 1900 convidados viram, encantados, o majestoso caminhar de Kate, com o rosto coberto por delicado tule. Entre os vips, o cantor Elton John (64) e seu companheiro, David Furnish (48), o jogador David Beckham (36) e sua mulher, Victoria (37), grávida de uma menina, e o diretor de cinema Guy Ritchie (42), ex de Madonna (52), além de integrantes de outros clãs reais. Durante o cortejo, o coral de Westminster, formado por 20 meninos e 12 adultos, interpretou I Was Glad, canção de sir Charles Hubert Hastings Parry (1948-1918), composta especialmente para a coroação do rei Edward VII (1841-1910), em 1902. Na altura da porta oeste da abadia, pela qual ela sairia Catherine Middleton, duquesa de Cambridge, ao lado do marido, o príncipe William (28), ela passou pelo túmulo do soldado desconhecido, que simboliza os militares mortos em batalha. No dia seguinte, enviou o seu buquê para adornar a lápide. O ato tornouse tradição na família real após a rainha-mãe, Elizabeth (1900-2002), bisavó de William, deixar seu buquê no local ao desposar em 1923 o duque de York, mais tarde, George VI (1895-1952), como tributo a Fergus, irmão dela morto na I Guerra. Sua filha, a rainha Elizabeth II (85), repetiu o ato no dia seguinte à boda com o duque de Edimburgo, Philip (89), em 1947, assim como o fez a mãe do noivo, Diana (1961-1997), após o "sim" ao príncipe Charles (62), em 1981. Guiada pelo pai, Michael Middleton (61), pela nave da Abadia de Westminster, Kate Middleton (29) sabia que cada passo do enlace com o príncipe William (28) entraria para a história do local. Erguido entre 1045 e 1050, o templo tornou-se a igreja das coroações reais em 1066 e, em meados do século XIII, ganhou as formas góticas que até hoje deslumbram visitantes. Nos últimos cem anos, o templo anglicano abrigou a boda da rainha-mãe Elizabeth (1900-2002), da rainha Elizabeth II (85), de sua filha, a princesa Anne (60), e do filho Andrew (51). Em 1997, a abadia foi palco do velório da mãe do noivo, Diana, morta aos 36 anos após trágico acidente de carro. Como homenagem, a canção Guide me, O Thou Great Redeemer, última tocada no funeral de Diana, foi cantada por todos antes da troca de votos entre os noivos. Em 2007, a alegria tomava conta do local com a missa da boda de diamantes da rainha Elizabeth II com Philip (89), duque de Edimburgo. Nos quatro minutos que levou para chegar ao altar, a noiva monopolizou os olhares. Antes, não houve quem não admirasse as pinturas do século XIV, vitrais e teto minuciosamente esculpido. No cortejo, uma charmosa turma causou sensação logo atrás de Kate Middleton (29): Grace van Cutsem (3), afilhada do príncipe William (28), Eliza Lopes (3), neta de Camilla (63), Margarita Armstrong-Jones (8), lady Louise (7), filha do príncipe Edward (47) - com vestidos feitos do mesmo tecido do longo da noiva - e William Lowther-Pinkerton (10) e Tom Pettifer (8), filho de Tiggy Legge-Bourke (46), ex-babá do noivo, usando lindos uniformes inspirados na infantaria inglesa. Mas quem roubou a cena foi a maid of honor, Pippa (27), em longo by Sarah Burton (36), designer da noiva, valorizando a silhueta invejável. Namorada de Alex Loudon (30), ex-craque de críquete e executivo, Pippa conquistou fashionistas e um fã em especial: o príncipe Harry (26), que teria flertado com ela durante a festa. Após prometer amar, confortar e respeitar um ao outro, o príncipe William (28) desposou Kate Middleton (29) com aliança de ouro vermelho feita a partir de um pedaço do metal extraído da mina de Clogau Saint David, no País de Gales, e dado ao noivo pela avó, a rainha Elizabeth II (85). O anel foi fabricado pela joalharia Wartski, que opera desde 1865 e também fez a aliança de Camilla (63), duquesa da Cornualha, na boda com o príncipe Charles (62), em 2005. Seguindo a tradição iniciada pelo avô, Philip (89), o jovem noivo não usará aliança. Pai da noiva e irmão do noivo, Michael Middleton (61) e o príncipe Harry (26) permaneceram no altar e participaram da cerimônia religiosa. Michael levantou o véu do rosto de Kate (29) e concedeu a filha em casamento ao príncipe William (28), enquanto o jovem nobre guardou a aliança da futura cunhada. Além disso, o quarteto entoou as canções do rito. Conduzida pelo arcebispo de Canterbury, Rowan Williams (60), a boda que uniu o príncipe William (28) e Kate Middleton (29) contou também com a participação do bispo de Londres, Richard Chartres (63). "Este é um dia de alegria. Este é como todo casamento deve ser, um dia de esperança", discursou o religioso, que encorajou o jovem casal a se entregar um ao outro, afirmando que o matrimônio pode transformar as pessoas. O bispo também leu oração escrita pelos noivos especialmente para a data. "Nós agradecemos ao Senhor por nossas famílias, pelo amor que compartilhamos e pela alegria do nosso casamento. Em cada dia, mantenha os nossos olhos fixos no que é importante na vida, nos ajude a ser generosos com o nosso tempo, amor e energia", dizia a prece. Defensores do meio ambiente, o príncipe William (28) e Kate Middleton (29) deram exemplo ao optar por alternativa ecologicamente correta para decorar a Abadia de Westminster. Ao invés de arranjos florais, plantas e árvores retiradas de propriedades da família real. Detalhe: todas serão replantadas. Foram usadas flores de árvores frutíferas, azaléias, rododendros, faias, glicínias e lilases. As árvores, no entanto, delicadas e em vibrante tom de verde, chamavam a atenção de todos. Renomado florista irlandês radicado em Londres, Shane Connolly (47) comandou o time de profissionais fixos da abadia e do Palácio de Buckingham e preferiu espécies da estação ou cultivadas de maneira orgânica, sem agrotóxicos. A ideia agradou, em especial, ao pai do noivo, o príncipe Charles (62), que há décadas transformou os jardins da propriedade de Highgrove em disputada atracão turística. Já como o duque e a duquesa de Cambridge, os recém-casados deixaram a abadia à frente do cortejo com damas de honra e pajens, pais e irmãos. De mãos dadas, eles apreciaram a magnitude de um décor à altura de quem deve dar uma nova cara à monarquia. Diante de 1900 convidados na Abadia de Westminster e 2 bilhões de pessoas que viam a boda pela TV, o discreto príncipe William (28) não se conteve ao ver Kate Middleton (29) de noiva. "Você está muito bonita", sussurrou ele, no altar. Durante o rito, o casal atentou à fala do arcebispo de Canterbury, mas trocou olhares cúmplices e sorrisos. Declarados marido e mulher, tiveram o único momento longe dos holofotes na boda, ao assinar a certidão de casamento perante os pais e irmãos na capela do rei Edward, o Confessor (1003-1066), atrás do altar. Foi ao som da marcha Crown Imperial, do britânico William Walton (1902-1983), executada também no enlace dos pais do noivo, príncipe Charles (62) e Diana (1961-1997), em 1981, que o príncipe William (28) e Kate Middleton (29) deixaram Westminster com seus pais, irmãos, damas e pajens. Entre as belas canções da cerimônia, Sonata para Órgão Op. 28, de Elgar (1857-1934), Prelude on Rhosymedre, de Vaughan Williams (1872-1958), e Farewell to Stromness, de Maxwell Davies (76), tributo à segunda boda, com Camilla (63). Apreciadora de música erudita, a noiva teve a ajuda do futuro sogro para finalizar a seleção. Segundo porta-voz do Palácio de Saint James, eles passaram longo tempo juntos escutando clássicos em seus iPods. Na boda, as canções foram entoadas pelo coro da Capela Real e pelo coral da Abadia de Westminster, conduzidos por James O'Donnell, e executadas pela Orquestra de Câmara de Londres, regida por Christopher Warren-Green (55). Houve ainda a fanfarra Valiant and Brave, composta para a ocasião por Duncan Stubbs, diretor de música da Força Aérea Real, a RAF, a qual William pertence. Com menos de um minuto, foi tocada pela equipe de Trombetas da Banda da RAF, regida por Stubbs, após a assinatura da certidão de casamento. Kate ainda homenageou o amado com Ubi Caritas ET Amor, de Paul Mealor (35), que estudou na ilha escocesa de Anglesey, local da base do esquadrão militar de William, e Guide Me, O Thou Great Redeemer, não só por ter sido tocada no funeral da mãe de William, Diana (1960-1997), mas por ser o hino da seleção galesa de rúgbi. Fã do esporte, William é o vice-patrono real do Sindicato de Rúgbi Galês. Cerca de uma hora após chegar ao Palácio de Buckingham, o príncipe William (28) e sua amada, Catherine Middleton (29), agora duque e duquesa de Cambridge, cumpriram mais um ritual tradicional: aparecer com a família real no balcão principal da propriedade. "Oh, uau!", disparou a beldade, surpresa ao avistar as cerca de 800 mil pessoas que se aglomeravam diante do palácio. O casal acenou por alguns minutos e, atendendo a pedidos, levou a multidão ao delírio ao trocar o primeiro beijo em público, que durou exatos 0,76 centésimos de segundo. Admiravam a festa a rainha Elizabeth II (85) e o marido, Philip (89), o príncipe Charles (62) e sua Camilla (63), os pais de Catherine, Carole (54) e Michael Middleton (61), os irmãos dos noivos, Pippa (27) e o príncipe Harry (26), além das damas de honra, Grace van Cutsem (3), Eliza Lopes (3), Margarita Armstrong-Jones (8) e lady Louise (7), e dos pajens, William Lowther-Pinkerton (10) e Tom Pettifer (8). Diante do insistente coro popular, William deu novamente um beijo em sua mulher, desta vez com 1,25 segundo de duração. Piloto de helicóptero de busca e resgate da Força Área Real desde setembro de 2010, o príncipe William (28) observou homenagem da esquadrilha da aeronáutica de seu país, da sacada do Palácio de Buckingham, com Kate Middleton (29), as damas lady Louise (7), Grace van Cutsem (3) e Margarita Armstrong-Jones (8) e o pajem Tom Pettifer (8). "É incrível", exclamou ela. "Realmente, é ótimo. Olha quantas pessoas", concordou William - que fez questão de convidar para a boda os 27 membros de sua unidade na Força Área - citando também os cerca de 800000 súditos à sua frente. Quem roubou a cena, porém, foi a encantadora, e emburrada, Grace, afilhada de William. Com altura suficiente para dar uma espiada pelo balcão, ela cobriu os ouvidos por conta dos gritos da legião de fãs presentes. O motivo para o público ter ido ao delírio: a troca de carinhoso beijo do casal. Apesar do status real, o príncipe é tratado como um piloto comum. Ele teve de oficialmente pedir licença para conseguir tempo livre para a lua de mel; obteve duas semanas. Sobre a demora do casamento, já que eles se conhecem desde 2001, William é categórico. "Havíamos conversado sobre casamento e planejado isso há mais de um ano. Era uma questão de achar a hora certa. Tinha minha carreira militar, queria realmente concentrar nos meus voos e não poderia ter ficado noivo se ainda estivesse em fase de treinamento. Terminei esta etapa e Kate está em uma boa situação em termos de trabalho... Por isso, nós dois decidimos que agora era o tempo certo", esclareceu o príncipe, que se empenhou durante 20 meses na árdua fase de treinos de voo. A previsão era de chuva, mas São Pedro colaborou e os recém-casados William (28) e Kate Middleton (29) deixaram a Abadia de Westminster em direção ao Palácio de Buckingham em carruagem aberta. Construído em 1902 para o rei Edward VII (1841-1910), o modelo com detalhes em ouro e forrado de cetim rubro é o preferido da rainha Elizabeth II (85) para eventos formais e foi usado pelos pais do noivo, o príncipe Charles (62) e Diana (1961-1997), em sua boda, há 30 anos. Adorado por milhares de fãs e acostumado aos grandiosos festejos da coroa, William se surpreendeu com a quantidade de súditos que se espalhou pelas ruas de Londres para felicitá-lo. No trajeto até o palácio, o casal passou por símbolos da cidade, como o Parlamento, o Big Ben, a residência oficial do primeiro-ministro na Rua Downing e o parque St. James. Durante todo o percurso, William e a amada acenavam e sorriam para o público. Escoltada pelo regimento montado da cavalaria real, a carruagem de Kate e William foi seguida por outras quatro que, respectivamente, levavam o príncipe Harry (28), a madrinha, Pippa (27) - ambos com os pajens e damas - a rainha e o duque e os pais dos noivos. Tanto na cerimônia na Abadia de Westminster, quanto no trajeto feito de carruagem até o Palácio de Buckingham, o príncipe William (28) e Kate Middleton (29) conversaram pouquíssimo. O que não significa que o casal não tenha muito em comum. Especialistas em linguagem corporal dizem que a postura deles reflete sintonia e admiração mútua. Em respeito ao protocolo real, o par evita trocar carinhos em público, prática que Kate teve de se acostumar logo no início do relacionamento. Os dois se conheceram em 2001, quando cursavam o primeiro ano de História na Universidade de St. Andrews. Quando ele começou a dar sinais de insatisfação com a escolha acadêmica, ela insistiu que ele se transferisse para o curso de Geografia. Ao longo dos anos, primeiro como amiga; depois, como namorada, a plebeia demonstrou lealdade ímpar ao nobre. Até mesmo quando ele terminou o romance, em meados de 2007, ela não se voltou contra o ex ou cogitou contar ao mundo sua rotina ao lado do cobiçado herdeiro. Decidido a fazer o conto de fadas virar realidade - e durar para sempre -, William tomou providências para resguardar a privacidade da amada antes mesmo de desposá-la, levando-a para morar consigo em remota região do País de Gales. O primogênito do príncipe Charles (62) também fez questão que a eleita tivesse algum tipo de elo com a mãe, a princesa Diana (1961-1997). Pensando nisso, pediu a sua mão com o anel de noivado de Di. A joia era do irmão dele, Harry (26), que o escolhera como lembrança da mãe, enquanto William ficara com um relógio Cartier. Harry teria relutado em ceder a peça; o irmão o convenceu. Apesar de Kate excluir a palavra "obediência" dos votos matrimoniais - jurou amar, respeitar e confortar - William vê nela a mulher capaz de respeitar e apoiar suas escolhas. Como piloto de helicóptero da RAF, em quatro meses ele embarca para missão de dez semanas nas Ilhas Malvinas. Kate vai esperá-lo em casa. A lista vip da cerimônia religiosa da boda do príncipe William (28) e Kate Middleton (29) deixou fora da celebração presidentes de países, os ex-primeiros-ministros da Inglaterra Tony Blair (57) e Gordon Brown (60) e até Sarah Ferguson (51), que foi casada com o príncipe Andrew (51), tio do noivo. Ainda mais seleto foi o grupo que prestigiou o coquetel promovido pela rainha Elizabeth II (85) no Palácio de Buckingham: apenas 650 pessoas. Realizada em 19 ambientes da propriedade, entre eles o Salão Branco e a Galeria de Arte, a recepção foi regada a muita fartura. Sob comando do chef Mark Flanagan (43), a cozinha da realeza preparou 10000 canapés e ganhou elogios com as variações de caranguejo da Cornualha com maçã e limão e mini pudins yorkshire com rosbife e raiz forte. Apesar da imponência do local, os convidados descreveram a festa como aconchegante e cheia de personalidade, a cara dos noivos. Além do vestido de noiva de Kate Middleton (29), outro segredo bem guardado surpreendeu quem acompanhava ao vivo ou pela TV o enlace da beldade com o príncipe William (28). Após festejar seu casamento com 650 convidados em recepção oferecida pela rainha Elizabeth II (85), o casal deixou o Palácio de Buckingham a bordo de um charmoso conversível Aston Martin, de 1969. No cinema, o carro ficou famoso ao ser dirigido pelo agente James Bond, o 007. O automóvel foi dado ao pai do noivo, príncipe Charles (62), como presente no seu aniversário de 21 anos. Hoje, ele é raramente visto fora da garagem e não roda mais do que 500km por ano. A exemplo dos plebeus, os jovens nobres tiveram o carro enfeitado por fitas e balões coloridos, - ideia do príncipe Harry (26), irmão do noivo. A placa traseira exibia o registro Ju5t Wed, alusão aos recém-casados, e a grade dianteira ganhou corações e a letra L, de learner, aprendiz em português. Xodó de William, o modelo Volante DB6 MKII na cor Seychelles Blue é uma preciosidade do passado completamente adaptada para os dias modernos. Como os demais veículos de Charles, o automóvel foi convertido para rodar com etanol produzido com o excedente das uvas fermentadas de um vinhedo em Wiltshire. Confiante, William dirigiu e acenou para o público até a Clarence House, onde o casal descansou por algumas horas e se preparou para a segunda festa do casamento, o black-tie à noite. Tido como um dos clãs reais mais poderosos do mundo, os Windsor provaram que sabem, como poucos, produzir um evento com pompa e circunstância. Conduzido de maneira impecável, a boda do príncipe William (28), primogênito de Charles (62) e segundo na linha de sucessão ao trono, com Kate Middleton (29) monopolizou as atenções do mundo, atraiu milhares de turistas - injetando cerca de 1,6 bilhão de reais na economia do Reino Unido - e, segundo especialistas, pode ter aberto caminho para a modernização da monarquia. A boda custou cerca de 54 milhões de reais - 25 milhões a menos que o sim de Charles e Diana (1961-1997). A segunda boda de Charles, com Camilla (63), custou 13 milhões de reais. Do alto dos seus 85 anos, a rainha Elizabeth II mostrou-se menos sóbria que de hábito, talvez por influência do vibrante look amarelo criado pela sua assistente pessoal, Angela Kelly, enfeitado pelo broche de platina e diamantes True Lovers Knot. Enquanto a condessa de Wessex, Sophie (46), com o marido, o príncipe Edward (47), foi sutil, com chique tailleur perolado, a filha da rainha, a princesa Anne (60), optou por florido casaco roxo e verde. Madrasta do noivo, Camilla (63) destacava-se pelos tons suaves e chapéu criado pelo irlandês Philip Treacy (43). Sem o sangue azul dos Windsor, mas com discrição e classe de sobra, os Middleton brilharam. Exaeromoça que fez fortuna com a venda de artigos para festas infantis com o marido, Michael (61), Carole (54) encomendou roupa, não gostou e não arriscou: optou pelo conjunto da grife Catherine Walker - uma das preferidas de Diana - e chapéu by Jane Corbett. Deu certo: a mãe de Kate era uma das mais bem vestidas. Amigos de Kate Middleton (29) enumeram facilmente uma lista de qualidades na jovem: carisma, discrição, lealdade, candura na voz e no coração. Mas a eleita do príncipe William (28) guardava na manga um dom almejado por mulheres em todo o mundo: quem diria que a duquesa de Cambridge era também exímia maquiadora? Mesmo com os melhores profissionais da área aos seus pés, Kate optou por fazer ela própria o make no seu grande dia, ideia inconcebível para muitas. Após ter aulas particulares com a expert Arabella Preston, Kate aplicou sombreado nos olhos, blush e batom rosado, tudo sem exagero, como pede o protocolo real. Segundo os especialistas, deveria apenas evitar lápis na parte inferior dos olhos, o que os diminui. Por indicação da madrasta de William, Camilla (63), Kate fez as unhas com Marina Sandoval, do salão londrino Jo Hansford. A profissional misturou dois esmaltes, rosa 28 Bourjois e 423 Allure Essie, para chegar ao tom off-white ideal. Esmaltes coloridos não fazem mais parte de sua vida, outra regra da realeza britânica. Já as madeixas ficaram a cargo de James Pryce (33), do salão Richard Ward, frequentado pelas mulheres do clã Middleton há quase uma década. "Foi o trabalho do século, uma oportunidade fantástica e uma grande honra", celebra James. Dona de longos fios castanhos geralmente usados soltos, Kate exibiu o cabelo preso na frente, o que ressaltou seus traços e a tiara em ouro branco e diamantes Cartier. Datada de 1936, a peça foi comprada pelo rei George VI (1895-1952) para a mulher, Elizabeth (1900-2002), três semanas antes de ele suceder o irmão no trono. Ao completar 18 anos, a herdeira do casal, a rainha Elizabeth II (85), foi presenteada com a peça. Seguindo a tradição de usar um item novo, um antigo e emprestado e outro azul - a fita costurada no interior do vestido - Kate devolveu a tiara emprestada à monarca, mas guardou os brincos by Robinson Pelham, mimo dos pais, Michael (61) e Carole (54). Recheado de pequenos, mas ricos detalhes, o bolo do tão esperado "sim" de Kate Middleton (29) e do príncipe William (28) surpreendeu pelo sabor e delicadeza. Preparado pela chef inglesa Fiona Cairns (56), a delícia em forma de obra de arte teve oito andares com 17 bolos ao todo, sendo 12 só nas bases. Clássico e na cor creme, ele foi decorado com flores nativas do Reino Unido, teve massa regada com conhaque francês e recheio de frutas. Entre elas, passas e nozes. "Fizemos várias flores extras, caso algumas quebrassem durante a montagem no palácio. O transporte até lá foi a parte mais difícil de todo processo, mas foi um trabalho muito gratificante e o resultado ficou perfeito", diz ela. A criação foi desejo da noiva, mas o noivo também fez um pedido, a sua sobremesa preferida de infância: o bolo biscuit de chocolate, uma das tradicionais receitas da monarquia inglesa a base dos tea biscuits ingleses McVitie's. Delicadeza é mesmo a palavrachave nas escolhas da nova duquesa de Cambridge. Discreto e desenhado por Shane Connolly (47), o buquê de Kate foi ornamentado por lírios-do-vale, representando a volta da felicidade; jacintos, símbolos da consistência no casamento; e a Sweet William, flor típica do Reino Unido que denota o galanteio e foi nomeada em homenagem ao jovem príncipe. "Não me importei com a pressão das outras pessoas, apenas com o que os noivos queriam. Nosso foco foram as flores nativas e a mensagem que cada uma delas transmite", explica o designer floral, também responsável pela decoração da Abadia de Westminster e que, em 2005, imprimiu seu talento na segunda boda do pai de William, o príncipe Charles (62), com Camilla (63), duquesa da Cornualha. O arranjo ainda incluiu ramo de mirto do arbusto plantado em 1845 pela rainha Vitória (1819-1901) em Orborne House, propriedade real na ilha de Wight. O ritual é tradição nas bodas reais inglesas desde 1858 e simboliza a inocência da noiva - além de a espécie representar o amor e o casamento. A rainha Elizabeth II (85) anunciou, no dia 29 de abril, com quais títulos honrará o neto William (28) e sua eleita, Kate (29). O casal passa a atender como duque e duquesa de Cambridge - designação mais alta da nobreza, abaixo apenas de príncipe e rei - e também acumula as distinções de conde e condessa de Strathearn e barão e baronesa de Carrickfergus. Extasiados, os recém-casados posaram com a família no Palácio de Buckingham. Na frente, as graciosas damas de honra Grace van Cutsem (3) e Eliza Lopes (3), o duque de Edimburgo, Philip (89), marido da rainha, os noivos, as daminhas Margarita Armstrong- Jones (8) e lady Louise (7) e o pajem William Lowther-Pinkerton (10). Atrás, o pajem Tom Pettifer (8), a duquesa da Cornualha, Camilla (63), avó de Eliza e mulher de Charles (62), pai do noivo e do príncipe Harry (26), o casal Michael (61) e Carole Middleton (54), e os irmãos da noiva, James (24) e Pippa (27).
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