Preta Gil canta em desfile na Rocinha e declara: 'Já me sinto um padrão de beleza’

Com um longo vestido estampado da grife Victor Dzenk, Preta Gil (37) encarou o sol forte no Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira, 23, sem perder o glamour para o pocket-show do desfile da marca no Complexo Esportivo da Rocinha. A cantora agitou o evento com uma performance da música Alegria, Alegria, enquanto os modelos exibiam os looks na passarela.

"Sou filha do tropicalismo, não só geneticamente. Tem a ver com a minha atitude, minha cabeça. Essa coisa de transgredir, contestar, mas ser colorida, alegre”, disse Preta. “Hoje, graças a Deus não temos mais aquela ditadura, mas temos outras, como a da beleza, da magreza”, continuou.

A cantora disse ainda que se identifica com as moradoras da Rocinha. “Aqui é o quintal da minha casa, moro logo ali. Os funcionários que trabalham no meu apartamento são da Rocinha. Subo a comunidade e vejo mulheres como eu, com bumbum grande, pernão, mas cintura fina”, contou. Segundo ela, o estereótipo que aparece na mídia não é a realidade da brasileira e isso causa danos nas mulheres “de verdade”, que recorrem a remédios para emagrecer. “A realidade é a mulher como eu. Mas as coisas estão mudando. Já me sinto um padrão de beleza, um modelo para as pessoas como eu”.

Amiga e fã do estilista, Preta elogiou a grife por fazer manequins em tamanhos maiores. “Tem amigos meus estilistas que fazem sob medida pra mim quando a roupa da loja não cabe, mas e quem não é famosa? Sou contra essa coisa de loja ou coleção plus size. A moda tem que ser a mesma, só que em tamanhos para todas”, defende. A cantora confessou ainda que pretende lançar sua linha de roupas ainda neste ano. “Sou bonita, trabalhadora e consumidora. Quero ser respeitada. É um problema achar roupas no meu tamanho que valorizem meu biotipo. E isso o Victor faz”.