Pela natureza de sua função, ele deveria viver longe dos holofotes, afinal é um
ghost writer (escritor fantasma), aquele que nas sombras, sem que ninguém saiba, escreve discursos e textos para uma outra pessoa. Porém, em vista de seus talentos e das circuntâncias que o cercam,
Jon Favreau se tornou o centro das atenções nos Estados Unidos.
Aos 23 anos, Favreau começou a escrever os discursos de
Barack Obama. Agora, aos 27, ao escrever o discurso da posse, se tornou o
ghost writer mais jovem na história americana a escrever o discurso de um presidente. Talentos e feitos suficientes para garantir um lugar na história. Mas além de uma mente brilhante, Favreau tem outros atributos, aliás, dignos de uma personagem cliché de folhetim: é jovem, sexy, bonito e elegante. Tem mais: ele namora às escondidas uma linda mulher que é ex-modelo e atriz, foi capa de revista masculina e hoje é uma comportada e discreta assessora da Casa Branca.
NAMORO
A notícia do namoro é a mais quente e recente polêmica em torno do rapaz. Foi publicada pelo jornal inglês
Daily Mail e por alguns jornais americanos. A namorada é
Ali Campoverdi e trabalha em um dos gabinetes adjuntos da Casa Branca, próxima a Favreau. Anteriormente, Ali trabalhou na campanha de Obama. Para apimentar a história, os jornais republicaram imagens de Ali na capa da revista masculina
Maxim, em 2004 (que hoje recolocou o ensaio com a modelo em sua página na internet). Ela também fez pontas nos filmes
Constantine, como uma vampira caçada por
Keanu Reeves e em
O Aviador, como uma acompanhante de um militar. A história é complicada. Ali é graduada pela Harvard's Kennedy School of Government, o que a gabarita para trabalhar no governo, mas isso não impede as suspeitas de favorecimento de Favreau à jovem. Durante a campanha, o escritor afirmava ser solteiro e não ter tempo para distrações afetivas.
SEM DINHEIRO
Favs, como é chamado pelos amigos, encontrou Obama pela primeira vez em 2004: o político tentava reescrever uma linha de seu discurso, Favs, que trabalhava para o outro político,
John Kerry, na época interrompeu Obama com uma sugestão. O jovem conta que Obama olhou com surpresa, como quem pergunta: "quem é esse garoto?" Tempos depois, Favreau estava desempregado. Período em que aproveitava qualquer evento em Washington para comer e beber de graça. Durante o período de pindaíba, veio o convite para trabalhar para Obama. Convite aceito, fez-se história. Desde 2005, Favreau se tornou próximo de Obama. Passam tanto tempo juntos que, ao sentar para escrever, ele somente "externa Obama - suas idéias, sentenças e frases", segundo disse ao jornal
The New York Times.
DISCURSO PRÓPRIO
A genialidade de Favreau está em dizer palavras brilhantes nos discursos de um modo que elas se tornem as palavras de quem as fala. Mas a julgar pelos recentes acontecimentos, agora Favreau saiu das sombras e terá de falar por si mesmo.