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Nina em Terra e Paixão, Kizi Vaz revela desafios para chegar na trama: 'Frio na barriga'

Em entrevista à CARAS Brasil, atriz de Terra e Paixão comenta planos para projetos sociais

por Mariana Arrudas

marrudas_colab@caras.com.br

Publicado em 15/06/2023, às 17h00 - Atualizado em 16/06/2023, às 09h57

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A atriz Kizi Vaz, intérprete de Nina em Terra e Paixão - Foto: Foto Priscila Nicheli/Styling: Samantha Szczerb/Beleza: Titto Vidal/Agradecimentos: Pier Mauá e TVZ
A atriz Kizi Vaz, intérprete de Nina em Terra e Paixão - Foto: Foto Priscila Nicheli/Styling: Samantha Szczerb/Beleza: Titto Vidal/Agradecimentos: Pier Mauá e TVZ

Na pele de Nina em Terra e Paixão, a atriz Kizi Vaz (38) diz estar agradecida pela oportunidade de estar na trama de Walcyr Carrasco (71), após uma sequência de bons trabalhos. Na TV desde 2012, ela encarou os desafios e o "frio na barriga para a estreia da novela" e conta à CARAS Brasil que agora pretende usar sua influência para auxiliar os projetos sociais que comanda e acredita. 

Nos capítulos de Terra e Paixão, a artista interpreta Nina, a secretária da cooperativa, que ajudará Jonatas (Paulo Lessa) a esquecer sua paixão por Aline (Barbara Reis). Fora das telas, Kizi afirma que o sotaque foi bastante desafiador e precisou de exercícios com apoio de uma fonoaudióloga, já que nunca havia feito uma personagem com o jeito de falar diferente do carioca.

"Mas o ator gosta dos desafios, então foi um presente", afirma. Antes, Kizi esteve no elenco de tramas como Babilônia (2015), como Gabi, papel em que precisou emagrecer 10 quilos, Rock Story (2016) e Ilha de Ferro (2018), além de Kamesha em Gênesis, na Record. Sua estreia na TV foi em Salve Jorge (2012), como uma das meninas traficadas para a Turquia. 

Porém, foi no teatro que a artista começou sua carreira. A atriz de Terra e Paixão relembra que sempre gostou de fazer apresentações culturais na escola, apesar de não ter muitas oportunidades em Duque de Caxias, onde vivia no Rio de Janeiro. Com o apoio de sua mãe, conseguiu ingressar no grupo Nós do Morro, localizado no Morro do Vidigal, também na capital carioca.

Leia também:Atriz de Terra e Paixão celebra representatividade amarela e elogia autor

Mesmo com o curso gratuito de teatro, ela ainda enfrentou algumas dificuldades financeiras e precisou se mudar para o Vidigal ao encontrar um emprego. Kizi conta que passou sete anos estudando no grupo e ingressou na Companhia de teatro e fez apresentações até em Portugal. Hoje, ela enxerga em sua trajetória e na passagem pelo grupo uma inspiração para seus projetos sociais.

"Sempre senti a necessidade de um espaço cultural. Quando eu entrei no Nós do Morro, eu vi todo o movimento dentro de uma comunidade que dá acesso. Eu tive que sair de Caxias, mas é mais fácil quando você está perto e é de graça", diz ela, que já realizou dois eventos em seu grupo Curta Arte Caxias, e prepara o terceiro.

Para o futuro, Kizi diz estar bastante envolvida com os capítulos de Terra e Paixão, porém espera a estreia da série O Jogo Que Mudou a História (Globoplay) e celebra os filmes que participou, Procura-se (HBO Max) e Vai dar Nada (Paramount+). Abaixo, a artista comenta sobre sua relação com as redes sociais, esporte e também celebra a representatividade nas produções recentes. Leia trechos editados da entrevista.


Qual a importância da prática dos esportes na sua rotina?
O esporte é o principal para começar o meu dia, trabalha tanto o corpo quanto a mente. Sempre pratiquei esporte, quando criança fazia atletismo, na escola fazia futebol e vôlei… Cresci sabendo a importância do esporte na minha vida. Faço yoga, corro, agora vou fazer muay thay junto com o meu filho. Hoje em dia ele também adora esporte. Eu tive um momento na minha vida, anterior à pandemia, que eu tinha muita ansiedade e a prática diária me ajudou muito. Para mim, vai além da estética.

Você é bastante presente no Instagram. Como é a sua relação com as redes?
Estou melhorando [risos]. Antes, eu não movimentava muito, mas hoje em dia as pessoas querem ver de fato, para eles é interessante. Eu estou mostrando mais, posto com outros atores, mostro o que eu posso dos sets de filmagem. Mas acho importante também estar movimentando as causas, como o movimento preto, causas sociais, a questão dos moradores de rua. Eu gosto muito disso e quero ajudar mais, e também mostrar para as pessoas como elas podem ajudar também.

As produções nacionais estão cada vez mais representativas. Como você enxerga isso?
Ainda tem um caminho, mas só de ver a representatividade nas séries, cinema e por trás das câmeras também, isso é muito importante. Em Terra e Paixão tem o Jeff, um diretor preto, e a Ju Vicente, uma diretora preta. Não consigo nem expressar em palavras, o primeiro dia que eu fui gravar eu me senti radiante, em um lugar de pertencimento mesmo. Ver a Barbara [Reis] como protagonista, a Sheron [Menezzes] também, representa todas essas mulheres pretas, tantas meninas que estão em casa também vão se sentir representadas. É uma grande vitória.