CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil
Música / Entrevista

Nattan celebra o sucesso na música e na Dança dos Famosos: 'É surreal'

Sucesso no forró e com o hit 'Tem Cabaré Essa Noite', o cantor Nattan reflete sobre a experiência de participar da Dança dos Famosos, a sua relação com o sucesso e revela quais foram as grandes realizações em sua vida

por Priscilla Comoti

pcomoti_colab@caras.com.br

Publicado em 16/04/2023, às 13h27

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Nattan - Foto: Divulgação
Nattan - Foto: Divulgação

É impossível pensar no hit 'Tem Cabaré Essa Noite' e não lembrar do 'Ui, Ai' na voz do cantor Nattan (24). Ele é um dos sucessos do forró nos dias atuais e está curtindo a ótima fase em sua carreira. Mesmo com a agenda repleta de shows, ele arrumou um espaço em sua rotina para participar do quadro Dança dos Famosos, do programa Domingão com Huck, e está curtindo muito. Em entrevista na CARAS Digital, ele contou sobre a experiência de participar do quadro musical na TV, a sua relação com a fama, a proximidade com a família e também o seu desejo para o futuro. 

-Nas últimas semanas, você foi salvo na repescagem da Dança dos Famosos. Como foi a sensação de continuar na atração?
Eu estava muito apreensivo de estar na repescagem, por mais que eu tenha me esforçado muito. Foi o meu ritmo, que é o piseiro, a pisadinha, o forró, tinha que mostrar o gingado, mostrar que eu sabia dançar. Mas eu e a minha professora nos dedicamos bastante, pegamos na mão um do outro e dançamos. A gente queria colocar energia ali na dança e foi isso que a gente fez. Graças a Deus, a gente ficou em primeiro lugar no nosso grupo. Agora vamos para o próximo!

-Como está sendo a experiência de participar da Dança dos Famosos? 
A experiência é surreal! Cada dia que eu estou lá, eu aprendo cada vez mais, ainda mais que a dança tem relação com a música, então está no meu mundo. Eu tenho que dizer é muito diferente do que eu pensava. Eu achei que era só dançar, saber os passos, e o gingado, mas não. A dança envolve muita coisa, envolve conexão, envolve você se entregar naquele momento, envolve energia. É muito legal estar vivendo tudo isso, as amizades que eu fiz. Está sendo especial demais. 

-Precisou mudar algo em sua carreira musical para conseguir participar da competição?
Tive que mudar muito, mudei praticamente a minha rotina toda, a minha semana toda, o meu mês todo. Agora eu só faço show na sexta, sábado e domingo, às vezes. Segunda, terça e quarta eu ensaio, e na quinta-feira eu gravo. Tá corrido, mas eu sabia que era um sacrificio que eu teria que fazer para estar nesse projeto tão maravilhoso, que eu tanto estou amando e aprendendo. Às vezes eu tenho um show no sábado e na quarta-feira. Às vezes, eu estou aqui no Rio de Janeiro ensaiando e eu saio em um aviao particular, faço o show e volto, porque tenho que gravar na quinta. Teve um dia que foi engraçado, que eu cheguei a dormir lá na Globo, porque fiquei virado e fui direto gravar. Tá uma correria, mas está valendo a pena. 

-Qual foi a conquista na carreira até agora que mais te marcou?
Teve tantas que me marcaram, mas o que me marcou até agora foi criar o DVD do início. Um DVD para mais de 400 mil pessoas e tive a oportunidade da minha mãe estar lá na montagem do palco, mostrei para a minha mãe aquilo tudo. A sensação de que a gente conseguiu, deu certo. Um DVD da minha vida, me marcou bastante, nunca vai sair da minha memória. 

-Qual sonho que você já conseguiu realizar na vida pessoal por causa do sucesso?
O primeiro sonho que realizei foi dar uma casa para a minha mãe, é uma coisa que eu vinha almejando muito. Tamém foi cuidar da minha mãe, reorganizar a vida dela. E a oportunidade que o sucesso me deu de conhecer pessoas que eu nunca achei que eu ia chegar perto. Pessoas que eu já era muito fã, agora tenho a oportunidade de conviver, de ser amigo, irmão. Então isso é uma oportunidade gigante que a música me deu. Não tem preço conhecer o mundo, viajar, viver cada momento, conhecer a cultura de cada lugar, o que é novo. É a experiencia de desfrutar tanta coisa pelo mundo que eu sempre sonhei em conhecer e eu nunca achei que iria conhecer. A música realizou muitas coisas na minha vida. 

-Como você lida com a fama e o sucesso? 
Eu sou bastante tranquilo com isso. Às vezes eu fico meio que me adaptando a esse mundo novo. Às vezes alguém chega chorando e eu falo 'calma, calma'. Tem gente que faz tatuagem e eu falo: 'tá louca, menina'. Eu estou ainda me reinventando nesse mundo novo, eu fico meio chocado com algumas coisas, mas é muito legal. A fama e o sucesso exigem muito de você. Tem dia que você está cansado, no aeroporto, indo para casa, e tem muita gente pedindo foto. Às vezes você só quer chegar em casa e corre o risco de você acabar frustando essa pessoa que te vê feliz nos stories, te vê bem, e quando ela te pessoalmente você está mal, passa e não tira uma foto. Quando eu estou cansado, eu tento buscar um sorriso, uma alegria, para não decepcionar um fã. Porque é muito difícil cuidar da vida pessoal e profissional, mas a gente vai dando um jeito. 

-Um dos seus grandes hits é a música 'Tem Cabaré Essa Noite'. Como a canção chegou até você? 
É uma música que foi uma virada na minha vida. Eu gravei a minha versão e eu coloquei o 'Ui, Ai', e o Nivaldo Marques também gravou essa música, na pegada dele, em uma lambadinha. E estava indo muito bem para os dois. Então, a gente gravou o clipe juntos e foi um sucesso no Brasil inteiro. Hoje com mais de 500 milhões de visualizções nas plataformas de música. Tenho um carinho gigante até hoje. A Cabaré foi tanto sucesso que o povo nem estava mais me chamando de Nattanzinho na rua, eles falavam: 'tem cabaré essa noite?'. A música abriu muitas portas para mim. Ela representa oportunidades que surgiram, de as pessoas saberem quem era o Nattanzinho, as outras músicas que eu tinha lançado e iria lançar. Foi um trampolim para mim, muito importante. 

-Tem alguma outra canção do seu repertório que é especial para você? 
Todas as músicas são especiais em um momento da minha vida. Cada uma tem um pouco de história para contar. Mas uma música que é muito ligada a mim e que foi um divisor de águas foi a Não Te Quero, que eu tenho muito carinho. É uma versão, eu gravei junto com o Zé Vaqueiro. Tem o versão: 'Nattanzinho falando de amor', e pegou muito. Igual o Cabaré, só que muito antes. Foi muito importante para mim. 

-Quando você olha para trás, você já se imaginava chegar onde está agora? 
Quando eu olho para trás, eu me vejo sempre fui muito dedicado, eu quis muito a musica. Quando eu olho para trás, eu não imagino que eu iria chegar até aqui onde eu cheguei e onde quero chegar. Quando eu estava lá no início, eu fiz de tudo, abri mão de muita coisa, sacrificios gigantes. Eu vejo que Deus me abençoou mais do que eu mereço. Tenho muita gratidão. Sei o quanto eu batalhei, abri mão de muita coisa, é satisfatório estar aqui. Eu não imaginava, mas Deus abençoou muito mais e eu estou aqui. 

-Você tem apenas 24 anos. O que você espera para o futuro?
No futuro, todo mundo quer estar lá no topo, mas ser um número um é muito relativo. Você pode ser o número um no Spotify com uma música, o número um no forró... Eu acho que é mais impactante deixar um legado, levar o forró para o mundo. É isso que eu quero, levar o forró para o mundo. Quero que as pessoas saibam o que é o forró, que toque na vaquejada e na festa eletrônica, que seja conhecido no mundo inteiro e no Brasil inteiro. Que eu leve o forró de um jeito diferente, é o meu maior legado. 

-Você já contou que foi criado pelos avó e pela sua mãe. Como você vê a influencia de sua família em sua vida hoje em dia? 
Meu avô já faleceu, mas tenho minha mãe e minha avó que são tudo para mim. A minha família foi onde eu tive tudo, foi onde eu tive minha fonte de aprendizado, de educação, meus princípios. Minha mãe foi minha mãe e meu pai. E o meu vô também foi meu pai por um tempo. Eles são tudo para mim. Se eu tenho foco em alguma coisa, elas são minha fonte de inspiração, eu converso sobre tudo com elas. Eu conto tudo para minha mãe, ela acha graça de tudo, temos uma abertura muito grande. Ela é muito brincalhona igual eu. Tenho uma casa gigante e eu trago toda a minha família para perto de mim. Eu sempre fui muito uma pessoa criada pelos avós, e sempre tive a família perto. Eu sou muito carente, estou sempre perto da minha mãe, dos meus amigos, primos, eu gosto de casa cheia.