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Caso de Letícia Sabatella é muito comum entre mulheres adultas; entenda

Em entrevista à CARAS Brasil, o psicólogo Alexander Bez explicou detalhes por trás de diagnóstico de autismo de Letícia Sabatella

por Surenã Dias

sdias_colab@caras.com.br

Publicado em 18/09/2023, às 21h31 - Atualizado em 19/09/2023, às 10h57

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Letícia Sabatella descobriu autismo aos 52 anos - Foto: Reprodução/TV Globo
Letícia Sabatella descobriu autismo aos 52 anos - Foto: Reprodução/TV Globo

A atriz Letícia Sabatella (52) surpreendeu os fãs ao revelar neste último domingo, 17, que recebeu o diagnóstico de autismo na fase adulta. Segundo a artista, ela sempre sofreu com pequenos sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA).  

"Quando eu tinha 9 anos, todas as meninas do colégio pararam de falar comigo, pelo meu jeito. Eu não entendia o porquê", disse ela, em bate-papo no programa Fantástico, da TV Globo. 

Em entrevista à CARAS Brasil, o psicólogo e especialista em saúde mental Alexander Bez explicou um pouco sobre o assunto e revelou que casos como o de Letícia são bastante comuns entre mulheres adultas. 

"As mulheres apresentam um quadro hormonal bem diferente, o qual pode ser agravado por quaisquer condições clínicas existentes ou pré-existentes. O autismo, devido à sua condição clínica neurológica do desenvolvimento, tem a capacidade de alterar ainda mais esses hormônios e todo o aspecto biológico da mulher, tornando o diagnóstico mais complexo, uma vez que pode ser confundido com outras patologias e até mesmo com psicopatologias", detalha.

Alexander completa dizendo que, diferente dos homens, mulheres conseguem viver quase que normalmente por encontrarem mais facilidade na hora de mascarar certos sintomas de sua condição. 

"As mulheres com autismo, no entanto, têm essa condição mais mascarada, já que conseguem disfarçar as sintomatologias usuais, que são as dificuldades na comunicação e nas interações sociais. Isso mascara a condição neurológica do desenvolvimento", afirma.

Durante o Fantástico, Letícia Sabatella informou que, quando era criança, sofreu bastante para socializar. Por viver em um mundo imaginário e sentir dificuldade em interagir socialmente, não tinha muitos amigos. 

"Sempre fui reconhecida como pisciana, artista, sonhadora, romântica, idealista. Até em algumas situações mais abusivas como maluca", disse ela. 

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Segundo Alexander, pessoas que acabam vivenciando traumas constantes, tendo conflitos diários e que acabam exercendo atividades que promovem o esgotamento mental, precisam ficar ligadas em suas reações. 

Em meio a um momento de maior busca por informação sobre o diagnóstico tardio de autismo entre mulheres, o psicólogo garante que pessoas famosas como Letícia Sabatella facilitam a popularidade do tema entre a sociedade. 

"Todas as pessoas com representações midiáticas podem e devem desempenhar esse papel, independentemente da patologia constatada. Dessa forma, estão auxiliando outras pessoas a buscar ajuda e as incentivando a procurar esse apoio também", disse.