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Teatro / NO TEATRO

Carmo Dalla Vecchia e Theo Nogueira exploram mundo gay em peça para a família

Em entrevista à CARAS Brasil, Carmo Dalla Vecchia e Theo Nogueira comentam sobre a peça Todo Chapéu Me Lembra Você, que acaba de entrar em cartaz em São Paulo

Carmo Dalla Vecchia interpreta um homem gay recluso em uma chapelaria - Foto: Reprodução / Instagram
Carmo Dalla Vecchia interpreta um homem gay recluso em uma chapelaria - Foto: Reprodução / Instagram

Carmo Dalla Vecchia (52) está em momento de celebração não apenas com sua sexualidade, mas também com sua carreira. Em cartaz com a peça Todo Chapéu Me Lembra Você, ele abriu o coração para a CARAS Brasil e revelou detalhes por trás do trabalho, o qual está se apresentando ao lado de Theo Nogueira

No espetáculo, Carmo interpreta um homem rústico que por anos viveu escondido dentro de uma chapelaria e acaba tendo que enfrentar o jovem Thomaz, um rapaz com quem ele descobre ter muitas mais coisas em comum do que se pode imaginar. 

"Sem dúvida, é uma peça dramática, mas tem momentos cômicos também, que, a propósito, trata também sobre diversidade, mas o tema central não necessariamente é esse. A gente tem uma dramaturgia muito bonita, muito forte, muito potente", diz Carmo, sobre o texto e direção de Vitor Rocha. 

Apesar de estar cada vez mais próximo da pauta LGBTQIAP+, Carmo garante que esta não é a primeira vez que ele atua em uma peça que retrata este universo, mas confessa que está feliz de representar o espetáculo em um momento tão especial da sua carreira. 

"É muito bonito eu ter a chance de ter um personagem maravilhoso pra contar uma história que fala sobre diversidade. Porque nós [os gays] temos poucas histórias que falam a respeito da nossa vida e da nossa realidade. Geralmente, viados são retratados pra poderem ser engraçados, divertidos e fazer as pessoas rirem, né? E quando não for desse jeito, as pessoas geralmente colocam a gente um pouco mais distante", avalia.

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Presente na produção desde as primeiras conversas com a equipe, Theo Nogueira também tem compartilhado a energia de celebração com Carmo. O artista explica que a peça vem sendo trabalhada para agradar todos os públicos e, para além disso, provocar reflexão sobre como lidamos com a diversidade em nossa rotina. 

"Não necessariamente precisa ser gay ou precisa conhecer alguém gay, não tem nada a ver. A gente sabe que todo mundo se relaciona com os gays, graças a Deus, mas o negócio é qual tipo de relação, o que tem por trás da relação, o que tem oculto na relação e o que você sabe mais do que eu, da minha relação com os outros, então isso que é legal, são camadas. Acho que o público vai se ver nessa história e pode vir hétero, pode vir todo mundo", diz ele, avisando que a classificação etária é de 12 anos: "A partir disso já vai entender".

Para Carmo, apesar de ter como protagonista um personagem gay, ele acredita que a peça vai muito além da discussão sobre diversidade e pode ser vista por outra ótica. "E esse é um espetáculo que tem uma história linda, que fala sobre diversidade. Poderia até não se falar sobre diversidade, porque o texto é tão poético, tão profundo, que talvez nem fosse personagens que fossem diversos. Mas nesse caso, ele é", explica. 

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA: