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Carlinhos de Jesus chora a perda do filho e pede justiça

Carlinhos de Jesus, que no último dia 19 perdeu seu filho Dudu para a violência, chora a perda do herdeiro e pede por justiça. 'Quero conhecer os assassinos e saber que eles terão o destino que Deus lhes reserva'

Redação Publicado em 30/11/2011, às 09h24 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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Carlinhos de Jesus e seu filho Dudu - Arquivo CARAS/ Reprodução
Carlinhos de Jesus e seu filho Dudu - Arquivo CARAS/ Reprodução

Crente na justiça de Deus e dos homens, Carlinhos de Jesus (58) acompanha – à distância – o trabalho de investigação da polícia sobre o assassinato de seu filho Carlos Eduardo Mendes de Jesus (32), morto no último dia 19 com oito tiros disparados por dois homens que estavam em uma moto.  “Eu não tenho me envolvido muito nas investigações. Vou deixar a justiça agir”, declarou o coreógrafo, ainda muito emocionado, ao programa de Ana Maria Braga (62) nesta quarta-feira, 30.

Era madrugada e Carlos Eduardo, mais conhecido como Dudu, tinha acabado de se apresentar com seu conjunto, Samba Firme, no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro. “Dudu era uma pessoa muito alegre, feliz. O tipo de pessoa que chegava no ambiente e já era admirado. Ele vivia o hoje. Gostava de cantar, tocar e namorar. Foi um companheirão”, definiu o pai.

A respeito do crime, a polícia trabalha com duas linhas de investigações: uma na qual Dudu namorava uma grande paixão de um homem que não se conformava com a relação; e a outra em que Dudu teria se envolvido em uma briga de bar na tentativa de aparar a confusão na qual, possivelmente, um amigo estava no meio. “Mas, em nenhum dos casos, há a justificativa de tirar a vida de alguém”, acrescentou Carlinhos.

Pai e filho se falavam muito pela rede social Twitter e, no dia da tragédia, eles trocaram recados de uma forma como nunca haviam feito antes. “Ele me mandou uma mensagem, umas vinte horas antes, dizendo: ‘Deus está contigo’. Fiquei sem entender nada. Liguei para ele perguntando se estava tudo bem, ele disse que sim. Foi a última vez que falei com ele’”, contou Carlinhos, de óculos escuro, chorando muito. 

O coreógrafo recordou que, quando recebeu a fatídica notícia, pensou que fosse brincadeira, não queria acreditar. Aos poucos, veio a verdade e, com ela, uma dor quase insuportável.  “É uma dor vazia, que deixou um espaço em meu coração que dói muito. É uma sensação de você querer voltar ao tempo, mudar o destino, e não poder fazer isso. Uma dor seca que, por mais que eu chore, não passa”.

“Se você perde um pai, você fica órfão, se perde uma mulher, fica viúvo. E um filho? É difícil descrever a dor de perder um filho. A lei natural da vida é que você envelheça e se despeça de seus filhos”, acrescentou, entre lágrimas.

Sobre os suspeitos que a justiça procura, Carlinhos foi enfático: “Eu não sou de vingança. Mas, eu quero encarar os assassinos que fizeram isso, quero entender porque fizeram isso e saber que eles terão o destino que Deus lhes reserva”.

“Eu não quero a morte de ninguém porque sei que esses rapazes também têm um pai e uma mãe e não quero que eles passem por isso que estou passando agora. Eu só desejo que eles fiquem vivos sabendo, a cada instante, da dor que estou sentindo”, concluiu.