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Na Embaixada de CARAS, Szafir amplia horizontes

Ele fala do início da relação com Julia Rusatsky e da entrada da filha, Sasha, na adolescência

Redação Publicado em 02/08/2010, às 14h04 - Atualizado em 09/08/2012, às 15h22

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Em MalaMala Game Reserve, o ator aprecia a atmosfera da selva na decoração do lodge após se aventurar em safári na maior reserva privada de animais da África do Sul. - CADU PILOTTO, JAIME BÓRQUEZ E WANDER ROBERTO/INOVAFOTO
Em MalaMala Game Reserve, o ator aprecia a atmosfera da selva na decoração do lodge após se aventurar em safári na maior reserva privada de animais da África do Sul. - CADU PILOTTO, JAIME BÓRQUEZ E WANDER ROBERTO/INOVAFOTO
O ano de 2010 vem sendo marcado por muitas trans formações para Luciano Szafir (41). O ator, que após várias idas e vindas, em dezembro do ano passado rompeu definitivamente uma relação iniciada há mais de 16 anos com a apresentadora Xuxa Meneghel (47), com quem tem uma filha, Sasha (12), não esconde que o momento é o de abrir os seus horizontes, tanto profissionais como pessoais. "Estou namorando, sim. E vem sendo muito gostoso", assume ele, referindo-se à atriz e modelo americana Julia Rusatsky (19), a quem foi apresentado em Nova York no mês de abril e visto pela primeira vez com ela em clima de romance durante uma viagem a Fernando de Noronha, em maio. Foi com a mesma empolgação que ele se entregou à excitante tarefa de desvendar a África do Sul a convite de CARAS. Depois de se hospedar na sede da Embaixada da revista, localizada no Rattray's em MalaMala Game Reserve, onde pôde se aventurar em vários safáris, o ator se emocionou em descobrir a diversidade do país. "Conhecer a vida selvagem provoca uma adrenalina absurda. A gente fica muito perto dos bichos.É um espetáculo que a pessoa tem que ver ao menos uma vez. Tirei fotos, é fascinante. E nas cidades encontrei um povo muito bacana, alegre, bastante semelhante ao nosso. Também vi que a desigualdade social é grande. Mas nem por isso eles deixam de ser felizes. São doces. Essa alegria chama a atenção. Eles se divertem com pouco. Não é a maneira correta de falar, mas são muito otimistas. É a mesma qualidade dos brasileiros", atesta. A viagem continuou na cidade de Durban, onde Luciano se encantou com a beleza do Oceano Índico. Já em Johannesburgo, ele adorou visitar o Museu África, onde pôde saber um pouco da história contemporânea e dos costumes sul-africanos do século XVII até os dias de hoje. "Eu achava que chegaria e veria coisas tribais, típicas, artesanatos, mas estou entusiasmado com a capacidade que têm de mostrar a história recente do país do jeito deles. Poderia ser em qualquer lugar, mas é aqui. Adorei a experiência", diz Luciano sobre o acervo local, que busca mostrar os avanços e as diferenças entre o passado e o presente da nação em assuntos tão diversos como moda, alimentação, fotografia, habitação, além de referências ao período do Apartheid. "É incrível conhecer esta lastimável condição na qual os sul-africanos viviam antigamente. É uma pena que eles tenham enfrentado tanta pobreza e opressão, mas é gratificante saber que as condições já melhoraram bastante nos últimos tempos. E o mais incrível em tudo isso é ver que o período ruim passou, virou mesmo uma coisa de museu", analisa. A vida profissional de Szafir também está aberta a novidades. De férias na Rede Record após protagonizar três novelas praticamente seguidas, Vidas Opostas, Amor e Intrigas e Mutantes - Promessas de Amor, ele não esconde o desejo de buscar aperfeiçoamento em sua carreira. No início do ano, durante dois meses, fez dois cursos de interpretação nos Estados Unidos. Em breve, vai filmar o longa A Fronteira de Sangue, de Ricardo Zimmer , sobre um turbulento período da colonização gaúcha. Enquanto aguarda a convocação da Record para um novo trabalho na ficção, e procura um texto para montar no teatro, resolveu se testar como apresentador e gravou várias cenas da viagem à África para divulgar no Hoje em Dia, com a colaboração do diretor de externas do programa, Rafael Boucinha (27). "Ele leva muito jeito para a coisa. É divertido, brinca o tempo todo diante da câmera. Luciano é espontâneo e isso também é um ponto forte", avalia Boucinha. "Quis ver como funcionava. É totalmente diferente de atuar. Precisa ser você mesmo. Mas me diverti muito. E me senti entre amigos. E quando estou cercado por pessoas que eu gosto, realmente não me policio. Adoro rir e fazer piadas", justifica Luciano. - Como está o seu namoro com Julia Rusatsky? - Está bacana. Nos conhecemos e, de repente, estava tudo ótimo. Mas moramos em países diferentes, vamos ver o que vai acontecer daqui pra frente, por isso prefiro não falar muito ainda. - E como encara a diferença de idade de 22 anos? - Nunca havia namorado uma pessoa mais nova. O normal é o contrário, costumo me relacionar com mulheres mais velhas. Mas não penso muito nisso. E, apesar da diferença, Julia é muito madura. A gente bate bem. - Sasha já soube que você está namorando? Como reagiu? - Ela soube antes de todo mundo. Converso, preparo, falamos sobre tudo. A relação com minha filha é maravilhosa. Vai ser assim para o resto da vida. - Ela está entrando na adolescência, você já percebe mudanças na personalidade? - Estou na fase do 'que mico...' (risos). Morro de saudades da minha menininha. Agora, em vários momentos, ela só quer saber dos amigos. E daqui a pouco será o namorado. Sei que criamos filho para o mundo. É difícil... Mas tenho muito orgulho. É uma garota bonita, aplicada, inteligente, linda. É muito sensível. Ela me entende e eu procuro entendê-la. - E você já está preparado para ter 'um genro'? - A idade da Sasha hoje equivale a de uma menina de 16 ou 17 anos na minha época. As crianças passam o dia inteiro no computador, são globalizadas. Então, não adianta querer prender. Prefiro que me conte as coisas. Não é ser amigo. É ser pai e amigo. Não nego que será dificílimo quando ela tiver uma paixão adolescente. Mas sei que não existe nada mais bonito do que o primeiro amor. Você vai à lua e volta. É melhor lembrar do que eu senti e não encarar a situação com machismo, com a postura de um pai opressor. Sei da importância dela viver isso. Vai cair, se machucar, aprender com a suas próprias experiências. Estou, sim, preparado para isso. - Sua vida mudou muito nos últimos meses, como você está se sentindo atualmente? - Realmente, muitas coisas mudaram, me separei, vivo uma fase nova. O mais difícil é não dormir com minha filha, já que estou montando minha casa. Mas a vejo todos os dias. Eu e Xuxa temos um ótimo relacionamento. Não existe essa história de horário para encontrar a Sasha, não temos picuinhas em relação a isso. Sempre admirei a Xuxa pelo fato de nunca ter criado problemas nesse campo. Nos separamos algumas vezes. Em algumas ocasiões, estávamos até sem nos falar. Mas nunca tive uma porta fechada. Sempre pensamos na criança antes de tudo. É absurdo quando a mãe impede o pai de ver um filho. Jamais tive qualquer problema. Então, inicialmente, o que mais pesa é a separação mesmo da minha filha, apesar de vê-la todos os dias. - E o rompimento com Xuxa é mesmo definitivo? - Está findado de ambas as partes e muito bem resolvido. Eu acredito que todo casal deve agir assim. Aliás, não consigo compreender como duas pessoas podem viver anos juntas e, de uma hora para outra, um achar que não significa mais nada para o outro. Não entendo quando não se falam mais. Claro que seguimos caminhos diferentes, mas se ela precisar de ajuda, lógico que vou socorrer, estarei lá. Temos um amor maior que nos une, nossa filha. Ficamos mais de 16 anos juntos. Quero que ela seja feliz e com certeza sei que quer o mesmo para mim. É importante manter o respeito acima de tudo. - Em dezembro de 2008 você foi internado após um incêndio destruir a casa onde morava com Xuxa. Como encara o assunto hoje? Ficou algum trauma? - Ficou, sim. E o trauma permanece até hoje. Aprendi que temos que dar valor a cada minuto, vi toda a fragilidade do ser humano. Naquele momento, por uns dez segundos, a vida passou diante dos meus olhos. Cheguei a achar que fosse morrer, que tudo acabaria ali. Mas logo pensei, de jeito nenhum, e reagi. Tentei sair três vezes, a temperatura chegou a quase 600 graus. Precisei rolar escada abaixo para me salvar. Foi uma luta pela vida, a experiência mais difícil pela qual já passei. Mas não fico pensando nisso. Raramente penso. Mas, por mais que tente não lembrar, a imagem vem. Foi uma lição, sem sombra de dúvidas. Passei a me preocupar mais com os que amo. Não quero que sintam algo parecido e nem desejo mais perder tempo com bobagens. Hoje, o pudor em falar se não quero algo, desapareceu. Não pretendo mais agradar aos outros antes de tudo. Venho em primeiro lugar. -Você já põe em prática esse pensamento ao deixar a carreira de empresário de lado para se dedicar exclusivamente à arte? - Adoro o que faço, não me vejo trabalhando em outra coisa. Ou me dedico cem por cento ou não dá. E não tem como fazer duas coisas ao mesmo tempo. O melhor a fazer é escolher um caminho que ame e seguir. E se isso der um bom retorno financeiro, ótimo. Nunca mais trabalho em algo que eu não seja apaixonado. Quero fazer 80 anos em cena, no palco. É o meu destino e estou feliz com ele.