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Ana Maria Braga: "Pescar é uma das minhas paixões"

No Mato Grosso, apresentadora do 'Mais Você' comanda pescaria

CARAS Digital Publicado em 01/09/2015, às 22h47 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Diante da exuberante paisagem dos rios mato-grossenses, Ana Maria curte estar em contato com a natureza. - ANDRÉ CORGA
Diante da exuberante paisagem dos rios mato-grossenses, Ana Maria curte estar em contato com a natureza. - ANDRÉ CORGA

Apaixonada pela natureza, que remete à sua infância em São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo, e à vida no campo, a apresentadora Ana Maria Braga(66) percorreu extensos e belos rios do País em meio à floresta amazônica em animada pescaria entre amigos. Comandante do Mais Você, na Globo, ela aproveitou os momentos de relax para gravar reportagens para a atração e dividi-las com seu público. “Pescaria é uma das minhas paixões. Lido com ela como esporte, pois pesco e devolvo os peixes para os rios. É uma briga boa. O peixe parece burro, mas ele é inteligente. É preciso fazer com carinho e amor, como tudo na vida”, costuma declarar a estrela das manhãs globais. “É uma lembrança de infância. Meu pai me ensinou a pescar em um rio que tinha lá perto de casa. O primeiro lambari que pesquei, me lembro bem, fui eu, a vara, o lambari e tudo mais para dentro do rio”, conta ela, aos risos, com a memória sempre presente de uma das melhores épocas já vividas.

Como compartilhar sua vida pessoal com os espectadores, uma das ideias da viagem, não é novidade para Ana Maria, ela não se importou em despertar antes de o sol nascer, tomar um café da manhã “da roça” e partir para as aventuras diárias. “É um grande prazer todo o processo que envolve uma pescaria, preparar a tralha, as roupas, etc. Mas o maior deles é levantar cedinho no meio da floresta, antes do sol sair, ver aquilo tudo acordar. Fica aquele silêncio”, relata Ana, citando milhares de borboletas coloridas, ma - cacos, entre outros animais da selva, além das cores únicas e do silêncio do ambiente. A natureza exuberante permeou o passeio: um jacaré que seguiu os barcos em trecho do rio, árvores gigantes — como uma figueira com idade entre 20 e 25 anos —, animais como ariranhas, fogueiras em noites de lua cheia e a convivência com pescadores, seus dormitórios e equipamentos usados no dia a dia, conhecendo também um pouco do cotidiano das pessoas que moram na região pantaneira. “É um Brasil que pouca gente conhece. Escuto cada história das pessoas com quem convivemos, volto renovada, pronta para trabalhar mais e cheia de energia. Trabalhar assim, do jeito que sou, transparente, fica até mais fácil.”

A cidade escolhida como partida foi Alta Floresta, no norte do Mato Grosso, de onde o grupo desceu para os rios São Benedito e Azul, a cerca de 40km do município, ao encontro das mais diversas espécies de peixes. “A cabeça fica relaxada, mais limpa, ajuda a gente a pensar melhor. Nós, que trabalhamos com a correria da comunicação, precisamos de algo para diminuir o ritmo”, analisa a loira. Nesta viagem, especificamente, além das conquistas nos rios, Ana destaca o olhar fora dos grandes centros urbanos. “Havia anos que eu não via um céu como aquele, tão estrelado. A Via Láctea ali, parecia uma estrada branca, o Cruzeiro do Sul, todas as estrelas e até os satélites que vi me chamaram muito a atenção”, relembra Ana Maria, que, em outubro, completa 16 anos à frente do programa matinal na emissora.

Não é de hoje que a apresentadora tem como hobby pescar. Mas sua dificuldade, já que mora no Rio por conta do compromisso diário na TV e mantém residência em São Paulo, onde tem a sua família — Ana é mãe de Mariana Maffei (32) e Pedro Maffei (31), seus filhos com Eduardo de Carvalho (72), e tem três netos: Joana (4), Bento (3) e Maria (11 meses) — é encontrar tempo para se dedicar ao esporte e conseguir se ausentar por longos períodos da frente das câmeras, já que seu programa é ao vivo. “O maior que já pesquei, e não é história de pescador, foi uma piraíba de 80 e poucos quilos, lá em Teles Pires, em 2012. Foi um momento inesquecível”, recorda a apresentadora, empolgada, sobre a empreitada no famoso rio na divisa do Mato Grosso com o Pará.

O recente passeio pode não ter rendido recordes, mas teve também seus números. Segundo seus próprios cálculos, foram cinco dias, uma média de 30 peixes, muito sol, pássaros da rica fauna local e histórias de pescadores para relembrar. Ana e a equipe saíam cedo e passavam o dia todo navegando pelos rios, pescando, cozinhando nas beiras dos rios e retornando à terra firme somente no início da noite. A carismática apresentadora, que já superou um câncer de pele no passado, não deixou de se cuidar durante os exaustivos, porém felizes, dias. “Tem de se proteger dos bichos e do sol. A gente usa chapéu, pano na cabeça, não pode sair desprotegida, não somente do sol mas também dos mosquitinhos, pois sempre faz muito calor”, enfatiza a estrela global.

A apresentadora se orgulha de dizer que ensinou alguns integrantes do grupo a pescar, a pegarem os peixes — a loira demonstrou extrema força ao segurá-los, sem ajuda —, e, principalmente, a terem tranquilidade e paciência na hora de fisgar. “Pescar não é só relaxar e curtir. É preciso ter condição física para brigar com o peixe e técnica para trazê-lo para fora d’água”, explica. Sozinha, ela pegou espécies como cachara, tucunaré, peixe- boi, piau, pirarara, piranha, palmito, borracha e jaú. “É um peixe de 70cm que pesa no máximo 4kg, mas tem um sabor delicioso. Ele é bom de pegar, porque briga muito com o pescador”, ensina a apresentadora com a sabedoria de quem entende mesmo do assunto sobre o matrinxã, outra espécie capturada. Ana também se destacou por ter pescado pela primeira vez um jacundá, de corpo alongado, boca grande e mandíbula maior que o maxilar superior, de cabeça com pintas escuras, e um piau, cuja coloração é cinza, com três manchas arredondadas nos flancos, considerado um peixe arisco.

A viagem também foi embalada por música, escolhas que remetem ao clima sertanejo e que estão presentes na vida dos pescadores. A trilha sonora da navegação foi pontuada por ícones do cancioneiro como Tocando em Frente e Cabecinha no Ombro, deAlmir Sater (58), Jeito de Mato, de Paula Fernandes (31), Deus e Eu no Sertão, de Victor (40) e Leo (38), Lê Lê Lê, de João Neto (36) e Frederico (33), Estrada de Chão, de João Bosco (33) e Vinícius (34) e algumas antigas de Leandro (1961–1998) e Leonardo (52).