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A volta à cena de Sérgio Mamberti: "Não vou parar"

Recuperado após internação, ele diz que "ator morre no palco"

Juliana Cazarine Publicado em 03/06/2017, às 09h11

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Sérgio Mamberti - Paulo Santos
Sérgio Mamberti - Paulo Santos

O vasto currículo de Sérgio Mamberti (78) inclui cerca de 80 peças de teatro, 40 filmes, 20 novelas e 15 direções, além de inúmeras produções e minisséries. No entanto, com 60 anos de carreira, o ator vive um recomeço. “O teatro rejuvenesce a gente”, garante ele, que está em cartaz com a peça Visitando Sr. Green. “Fiquei longe dos palcos por 12 anos, tempo em que ocupei cargos no Ministério da Cultura durante o governo do ex-presidente Lula. Quando estreei interpretando o Sr. Green, em 2015, fiquei pensando em como seria a minha volta e como o público me receberia. Ainda nos ensaios, percebi que esse espaço você conquista”, explica.

Em 2016, Mamberti novamente precisou se afastar dos palcos. “Eu caí em cena e essa queda ocasionou uma inflamação onde se instalou uma bactéria que acometeu a corrente sanguínea. Corri risco de morte e fiquei um mês internado em SP. Sobrevivi graças ao trabalho de uma bela equipe”, explica o ator, que estava no hospital na data de seu aniversário de 77 anos, em abril,quando também se comemora a Páscoa. “Digo que resnaci. A ocasião inspirou esse sentimento. Este ano, comemorei 1 ano”, brinca. Em 2017, ele voltou ao espetáculo do autor Jeff Baron no dia do seu aniversário e na sua cidade, Santos, litoral de SP. “Foram 750 pessoas aplaudindo e cantando parabéns”, lembra ele, que se apresentou na companhia de Ricardo Gelli e sob a direção de Cássio Scapin (52), com quem trabalhou no bem-sucedido Castelo Rá-tim-Bum, um dos marcos de sua carreira. “Quando as pessoas vêm tirar fotos comigo após o espetáculo, me chamam de tio Victor. É emocionante ver o sucesso da exposição 20 anos após o programa”, diz, citando a mostra em cartaz até junho no Memorial da América Latina, na capital paulista.

“As pessoas perguntam se eu não vou parar. Eu digo: ‘Ator não tem férias. Se tem, está desempregado’”, diverte-se ele, que não pretende aceitar o papel de aposentado. “Ator morre no palco”, decreta.